sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Irlanda rechaça projeto de lei sobre aborto



DUBLIN, 30 Nov. 12 / 11:05 am (ACI/EWTN Noticias).- A Câmara dos Representantes do Parlamento da Irlanda rechaçou hoje um projeto de lei a favor do aborto apresentado pelo Partido Socialista, que pretendia legalizar esta prática anti-vida em caso de risco para a saúde da mãe.
Conforme assinala a agência Efe, a decisão foi tomada após dois dias de debate depois do qual se votou por impedir a norma.

Antes da votação, a autora do projeto, a deputada socialista Clare Daly, insistiu aos legisladores a "não esperar outros seis meses" para tratar este tema porque este atraso, disse, poderia "ter trágicas consequências" para algumas mulheres como "aconteceu com Savita Halappanavar".

O caso de Savita Halappanavar foi manipulado pelos promotores do aborto que dizem que sua morte, ocorrida no dia 28 de outubro deste ano, aconteceu porque no Hospital Universitário de Galway não quiseram fazer-lhe o aborto.

Ela ingressou no Hospital Universitário de Galway em 20 de outubro, afligida por fortes dores nas costas. Ao pouco tempo os médicos indicaram-lhe que estava sofrendo um aborto espontâneo.
A mulher pediu que lhe fizessem um aborto, mas os médicos indicaram-lhe que não realizariam esse procedimento até que o coração do bebê deixasse de bater. Em 24 de outubro, a criança morreu e seu corpo foi retirado. Quatro dias depois, a mãe faleceu vítima de septicemia.

O Life Institute divulgou a manobra orquestrada pelos abortistas na Irlanda, ao planejar a difusão nos meios e a pressão política do trágico final da jovem.
A porta-voz do Life Institute, Niamh Uí Bhriain, revelou que tem em seu poder uma cópia de um correio eletrônico, na qual se evidencia que os abortistas conheciam o caso antes que este chegasse aos meios de comunicação, e "de forma muito desagradável (o) descreveram como uma ‘notícia importante para os meios’".

O correio, com data de 11 de novembro e remetido pela organização abortista Irish Choice Network (ICN), assegura que "uma notícia importante com relação ao aborto aparecerá nos meios de comunicação no início desta semana".
Por sua parte, MaterCare International assinalou que "com exceção do caso de Savita Halappanavar que foi trágico e fora do comum, a prática da medicina materna na Irlanda foi impecável nas décadas recentes. 

Irlanda, junto com outros países onde o aborto não está permitido por lei, tem uma das taxas de mortalidade materna mais baixas do mundo".

Irlanda, indicaram, é "um dos lugares mais seguros no mundo para que as mulheres deem à luz a seus filhos. Alterar dramaticamente estas bem-sucedidas práticas médicas para atender aos buliçosos e ignorantes lobistas seria um erro".

Os médicos católicos afirmaram que as críticas feitas pelo lobby abortista contra a Igreja "junto com um esforço organizado pelos grupos de pressão tratam de tirar proveito desta perda com o fim de mudar a Constituição da Irlanda para que permita o aborto livre".

A morte de Savita Halappanavar sublinharam, "é uma trágica perda", entretanto "não deve ser aproveitado pelos defensores do aborto a fim de promover sua própria ideologia e agenda política".
Os médicos católicos asseguraram que "se realmente desejamos salvar as vidas das mulheres que morrem durante o parto, devemos respeitar seus direitos como mães e brindar-lhes um cuidado compassivo e especializado".

domingo, 25 de novembro de 2012

Testemunho: Filho de Pastores protestantes converte-se ao Catolicismo.




Apostolado SCR

Chamo me, Manuel da Costa, tenho 31 anos e sou  filho de Pais Pastores, desde infância  os meus Pais colocaram nos na Igreja e nos ensinaram a temer  á Deus. Durante 22 anos vivi na Província de Cabinda (Angola) depois fui para a Capital Luanda (Angola) para fazer a faculdade de Engenharia Informática. A minha irmã que me recebeu na Capital era da Igreja Pentecostal, ela tinha um carinho aos Pastores Adventistas ela comprava Pregações e estudos de profecias sobre o apocalipse.
Mesmo não sendo Adventista achei interessante destas aulas, comecei a estudar grandemente estas matérias, até que  no ano 2008 tomei decisão de receber o Batismo por imersão na Igreja onde o meu Pai era Pastor. Comecei a participar ativamente na Igreja e a ocupar alguns cargos como secretário  da Paróquia, comecei  a ter um fanatismo aos pastores Adventista e repetia como um Papagaio  de que o Santo Padre é a besta do Apocalipse 13 e a Igreja Católica  era a babilônia descrito no apocalipse 17. Cheguei  a pensar que a Igreja Adventista é que prega a verdade, eu sinceramente comecei a desprezar todas Igrejas protestantes inclusive onde eu era membro, isto porque os estudos adventistas me convenceram do Sábado e da Mortalidade da Alma. Muitas coisas sobre o Catolicismo que eu não sabia muito bem eu repetia sem que primeiro  ter estudado o problema.

Conheci uma jovem  Católica que atualmente é a minha esposa, eu a atacava sempre ,e ela  humildemente não conseguia se defender mesmo tendo os sacramentos. Me lembro uma vez fui a uma feira de livros da Religião ISLÂMICA onde encontrei um livro que mostrava a diferença entre o Cristianismo e o Islão, tentei debater com um Islâmico ele me derrubou com seus argumentos e fiquei sem respostas para defender o Cristianismo, ele me perguntou “porque é que os cristãos tem bíblias diferentes? Será que foi  inspiração de Deus?” me falou dos concílios  eu nem sabia o que era.

Esta vergonha que eu passei de não defender o cristianismo,me levou a estudar para saber como defender a religião cristã,surgiram muitas dúvidas na minha cabeça.
Comecei a procurar na Internet sites para estudo do cristianismo e comecei a ler a história do cristianismo,a historia do Cânon bíblico.
O que me surpreendeu mais é o nível de argumentos dos ex-protestantes, comecei a encarar que  os testemunhos de ex-protestantes eram mais sábios e  com argumentos bíblicos e histórico, eu nem sabia o que era  a Patrística… O testemunho do Ex-Pastor Casanova me deixou perplexo com tamanha argumentação bíblica e da história do Cristianismo.

O vídeo que roda na Internet onde o Pe. Paulo Ricardo responde a um protestante que diz sobre a Babilônia descrito no Apocalipse, me lavou  de toda ignorância que eu tinha aprendido dos Adventistas sobre o Apocalipse 17.
Naquele  momento comecei a encarar o Protestantismo como uma religião caluniadora, que confunde a Igreja com os membros da Igreja.

Graças a Deus no dia 19 Agosto de 2011, casei na Igreja Católica  com a minha esposa durante a celebração do matrimônio fiz a profissão de fé e pela primeira vez recebi a sagrada hóstia.
Meus queridos irmãos Protestantes  e Católicos,  só existe uma verdade que vêem de Deus,pra saber esta verdade só é possível no Magistério da Igreja que são Paulo chama de Coluna da Verdade(I Timotéo 3:15-17).
·         Dizer que não existiu Igreja depois dos Apostólos, e negar a história Cristã  e negar todos os Pais da Igreja dos primeiros séculos.
“Papias, Policarpo, Inácio, Tertuliano, Justino, Irineu, Cipriano, Dionísio, Clemente, Euzébio de Cesaréia, Agostinho, Jerônimo entre outros”
·         Dizer que o Constantino fundou a Igreja Católica como eu pensava é ignorar a História do Cristianismo e jogar a bíblia  no lixo.
“Antes do Edito de Milão de 313 já havia passado 32 Papas na História da Igreja, e o Papa do ano 313 era o PAPA Melcíades”
·         Dizer que a bíblia é palavra de Deus, só é possível pela Igreja,porque ela não veio docéu por fax, foi discutido e confirmado nos concílios da Igreja Católica pelos Bispos (Concilio de Hipona 393, Cartago III 397)
·         Dizer que a Igreja apostatou é negar a Palavra do Nosso Senhor Jesus Cristo (Mateus 16:18“As portas do inferno não prevalecer contra a Igreja”.
·         Dizer que todos podem interpretar a bíblia é falta de respeito  a bíblia (2Pedro 1:20-21) “Nenhuma profecia é particular Interpretação ”.
·         Dizer que  Lutero foi contra a Igreja é ser ignorante com a  realidade da história, nas 95 teses Lutero não condena a Igreja nem tão pouco o Santo Padre,mas ele condenou os abusos que eram feito pelo alguns sacerdotes

Vejamos  os seguintes pontos das 95 teses  de Lutero

42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.

71.  Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
·         Se Lutero era inspirado por Deus, porque os protestantes reprovam as indulgências,já que ele mesmo afirma que é um verdade apostólica?
·         A premissa de que Lutero estava certo, isto abre margem de  colocar Arius, Nestório, Pelagius, Montanu, Marcião como também homens inspirados. Felizmente são tido como hereges pelo cristãos  Protestantes e quem os condenou foram os Papas.
·         Dizer que as 33 mil Igrejas existente  são verdadeiras é falta de respeito a própria palavra de Deus (Efesios 4:1-6, I corintios 12-13, João 10:16, João 17:21-23).
·         Dizer que o concilio é uma obra dos homens e falta de respeito a palavra de Deus porque os apóstolos resolveram contradições doutrinárias  nos concílios (Atos 15).
·         Dizer que todos são inspirado pelo espirito Santo é falta de respeito a palavra de Deus. (Joao 16:13).
·         Dizer que não existe a primazia Petrina e Apostólica e falta de respeito a bíblia.

Mateus 16:16-18.(Decidir sobre a fé e a moral)

Mateus 18:18(decisão apostólica)

Lucas 22:31-32(Confirmar na fé os irmão=os irmão da Igreja).

Joao 21:15-17(Apascentar o rebanho =dirigir a Igreja).
·         Dizer que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espirito Santo são a favor a divisão é falta de respeito a Bíblia. (Romanos 16:17-18,Efesios 4:14).
Hoje sou Católico graças á Deus, com muita convicção, não duvido daquilo que o Magistério  da Igreja. Para não cair em heresias só dou ouvido ao que o Magistério ensina no Catecismo, documentos oficias da Igreja ,nas enciclias dos Papas,no missal ,porque Jesus disse “ Quem ouve o Magistério  a Jesus ouve,e quem rejeitar o Magistério rejeita Jesus Cristo e consequentemente rejeita ao Deus Pai”(Lucas 10:16).

Agradeços a todos os Cristãos que me levaram  a amar a Palavra de Deus e de conhecer a Santa Igreja Católica,os meus agradecimentos especias ao Professor Felipe Aquino, Cris Macabeus do site (asmentirasdoapocalipse), Helen do site (igrejamilitante), Rafael do Site (sadoutrina)

“Quem houve a Igreja jamais caíra no erro”,porque a Igreja é a coluna da Verdade (I Timotéo 3:15-17).

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Bono agradece à Igreja Católica pela ajuda aos países pobres




ROMA, 20 Nov. 12 / 02:23 pm (ACI/EWTN Noticias).- O famoso e polêmico líder da banda rock U2, Bono, viajou ao Vaticano para agradecer à Igreja Católicapelo seu trabalho para livrar os países mais pobres da dívida externa, e assim poder dar educação a 52 milhões de crianças.

Na sexta-feira 16 de novembro, Bono conversou durante aproximadamente uma hora com o Cardeal africano Peter K. Turkson, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz. 

No ano 2000, a Igreja respaldou a iniciativa “Dropt the debt” (Deixe a dívida) da qual Bono foi uma das figuras mais importantes. A campanha procurava que as nações mais ricas perdoassem a dívida externa dos países mais pobres. O êxito da mesma obteve que “52 milhões de crianças pudessem ir à escola”, referiu o cantor à emissora de Rádio do Vaticano.

Bono disse ainda à Rádio Vaticano: “Igreja esteve na linha da frente deste movimento e isso deve ser largamente reconhecido, esteve na vanguarda de um movimento que é também interreligioso e interdisciplinar”.

Segundo Bono, a Igreja merece “um incrível reconhecimento” pelo seu papel nesta iniciativa e que os católicos devem ser conscientes de que sua fé é importante nos seus esforços.

O Papa João Paulo II recebeu Steve Bono pouco antes do início do grande Jubileu do ano 2000 para conversar sobre esta campanha. Logo depois da morte do agora Beato, Bono assinalou que “nunca teríamos erradicado completamente a dívida de 23 países sem ele”.

Como mostra do seu apreço pelo Pontífice, no ano 2005 o cantor fez aparições usando um Terço ao redor do pescoço, em uma silenciosa homenagem a João Paulo II.

No mesmo ano, Bono –criado por uma mãe protestante e um pai católico– disse em uma entrevista que está a favor de Cristo, da graça e da natureza da salvação.

Apesar de apoiar algumas causa controvertidas, o cantor assinalou que “no centro de toda religião está a ideia do carma. O que você dá volta para você: olho por olho, dente por dente; ou que cada ação física é respondida por uma similar correspondente. E ainda assim, temos a ideia de que a graça vai além de tudo isso. O amor interrompe, se quiser, as consequências de suas ações; o que no meu caso é uma grande noticia; já que cometi muitos erros estúpidos”.

Embora não tenha explicado quais foram esses erros, Bono admitiu que “estaria em um grave problema se o carma fosse seu juiz”
“Isso não me exime dos meus erros. Sustento-me da graça. Sustento-me do fato que Jesus tomou meus pecados na Cruz. Eu sei quem sou e espero não ter que depender da minha própria religiosidade”, afirmou.


Mar de gente na França diz sim ao matrimônio autêntico e não às uniões gay


PARIS, 20 Nov. 12 / 01:19 pm (ACI/EWTN Noticias).- Uma maré humana de 250 mil pessoas saiu às ruas na França para expressar seu apoio ao autênticomatrimônio, formado por um homem e uma mulher, e manifestar seu rechaço ao projeto de uniões gay que atualmente está em debate nesse país.


As centenas de milhares de franceses que saíram às ruas de Paris, Toulouse (10 mil), Lyon (27 mil), Marselle (8 mil), Nantes (4 500) e Rennes (2 500) entre outras cidades francesas como Metz, Dijon e Bordeaux, expressaram seu absoluto rechaço à proposta do presidente da França, François Hollande, de equiparar as uniões gay ao matrimônio.



A jornada em defesa do matrimônio e da família realizou-se no sábado 17 de novembro. Pessoas de distintos credos e sem distinção de afinidade política, levando balões azul, branco e rosa, reuniram-se para recordar que as criançastêm direito a ter um pai e uma mãe.



Entre os distintos lemas que foram observados nos cartazes estiveram: "Não há nada melhor para uma criança que ter pai e mãe", "Nem progenitor A nem B: pai e mãe são iguais e complementares", "As crianças nascem com direito a pai e mãe", "Não ao projeto do matrimônio gay", entre outros.



Uma das manifestantes, que participou da marcha em Paris, ressaltou que "o matrimônio é a união entre um homem e uma mulher. Essa é a base da sociedade".



Em Lyon marcharam juntos o Arcebispo local, Cardeal Philippe Barbarin, e o reitor da mesquita muçulmana da cidade, Kamel Kabtane, que assinalou: "compartilhamos os mesmos valores fundamentais e devemos defendê-los juntos".



Nesta cidade os que apóiam o mal chamado "matrimônio" gay organizaram uma violenta contra-manifestação que teve que ser controlada pela polícia, que prendeu 50 pessoas identificadas como

simpatizantes de organizações pró-gay.



Também umas poucas ativistas do grupo feminista “Fem” tentaram opacar a manifestação a favor do matrimônio. Marcharam seminuas, com véus à maneira de religiosas católicas e com mensagens contrárias à Igreja pintados sobre o tórax.



O presidente François Hollande prometeu em sua campanha eleitoral apoiar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo e no dia 7 de novembro apresentou o polêmico projeto ante o conselho de ministros, que ganha cada vez mais oposição por parte do povo da França.



A doutrina católica não aprova o mal chamado "matrimônio" gay porque atenta contra a natureza, sentido e significado do verdadeiro matrimônio, constituído pela união entre um homem e uma mulher, sobre a qual se forma a família.



A Santa Sé e os bispos em diversos países do mundo denunciaram que as legislações que pretendem apresentar "modelos alternativos" de vida familiar e conjugal atentam contra a célula fundamental da sociedade.


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Por que Deus permite o sofrimento?


A liberdade é o toque maior de nossa semelhança com Deus

Para que o homem fosse “grande”, digno, nobre, Deus o fez livre, inteligente, dotado de mãos maravilhosas, sensibilidade, vontade, memória, etc., que nem as pedras, nem as árvores e nem os animais receberam.

A liberdade é o toque maior de nossa semelhança com Deus. Ele teve de correr o risco de nos fazer livres, para que fôssemos dignos, mesmo sabendo que a criatura poderia lhe voltar as costas; isto é, pecar e comprometer seu Plano de amor.
Deus não poderia impedir o homem de lhe dizer Não; senão lhe tiraria a liberdade, e ele seria apenas um robô. E Deus não quis isto. Mas Deus nos deu a inteligência, como uma luz para guiar os nossos passos, e nos deu a vontade para permanecer no bem e evitar o mal.

Ele quis fazer a criatura humana livre, como Ele, criou-o da melhor maneira possível, à sua Imagem. É a liberdade que nos diferencia dos animais, dos robôs e dos teleguiados; podemos escolher espontaneamente o rumo de nossa vida e o teor de nossas ações. E nisto podemos errar, cometendo graves danos, especialmente quando usamos mal da nossa liberdade e inteligência, desobedecendo a Deus.

Deus nos torna livre exercitando a liberdade, vivida com responsabilidade. É Deus que nos sustenta e nos mantém vivos, mas Ele não tira a nossa liberdade. Do contrário, não haveria merecimento, nem culpa de nossa parte. Não haveria dignidade no homem. Então, por isso, Ele não quer, mas permite a morte e o sofrimento no mundo. Mas sabe o que fazer com isso.

Aqui está o nó da questão: Deus respeitou e respeita a liberdade da criatura que lhe diz Não, embora Ele pudesse, e possa obrigá-la ao Sim – o que evitaria os sofrimentos, mas isto destruiria a grandeza do homem, que consiste em sua liberdade de opção. Sem isto o homem ficaria reduzido a um robô ou a uma marionete; não seriam mais imagem e semelhança de Deus; perderia a sua grandeza.

Depois de dar ao homem todas essas faculdades maravilhosas, Deus lhe deu o mundo em suas mãos, para cuidar dele como um jardineiro.

“O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo.” (Gen 2, 15).
Se o homem não cuida desse mundo bem, se não ama os irmãos, se não obedece às leis de Deus, então dá origem à dor, e isto não é culpa de Deus. Daí surge o pecado e o mal moral, que gera também o mal físico.

Deus não é paternalista; é Pai. Isto é, Deus não fica “passando a mão por cima” dos erros dos homens e consertando os seus estragos como fazem muitos pais; mas deixa que o homem que erra sofra as consequências do seu erro. Esta é a lei da justiça e direito que Deus segue quem erra deve arcar as consequências dos seus erros.

Os nossos erros geram sofrimentos para os nossos descendentes também. Os filhos não herdam os pecados dos pais, mas podem sofrer por causa dos efeitos desses pecados.
Eu sofro não só por causa dos meus pecados, mas também por causa dos pecados dos homens, de todos os tempos e lugares, especialmente daqueles que estão mais ligados a mim: parentes, amigos, etc.

A humanidade é solidária. O primeiro pecado foi na origem da humanidade, o pecado original, e trouxe o sofrimento e a morte. Não era para a terra produzir espinhos e abrolhos, Deus disse a Adão; e não era pare ele tirar o pão de cada dia da terra com suor e sofrimento. Isto foi culpa do pecado do homem. A desordem do mundo, inclusive do mundo material é consequência do pecado; por isso São Paulo afirma que também a criação espera a libertação dos filhos de Deus.

É lógico que os vícios de um pai fazem sofrer os filhos e a esposa… Assim por diante. Deus não é o culpado de nada disso, e nem deseja nada disso. A culpa é nossa mesma.

Que culpa teria Deus, se, por exemplo, um pai irresponsável, passasse uma noite bebendo, e depois sofresse um acidente de carro e morresse por dirigir embriagado? Quem poderia acusar Deus de cruel, por ter tirado a vida de um pai, um esposo, e ter deixado órfãos e viúva?

Se você teimar em ligar o seu ventilador em uma tomada de 220 volts, quando o manual manda ligar em 110 volts, é claro que você vai queimar o motor do ventilador.
Isto ocorre porque você agiu contra o manual do projetista do  ventilador. O mesmo se deu e se dá com o mundo e com o homem. Temos um Projetista que fez o homem e o mundo belos, organizados, harmoniosos, mas não queremos respeitar o seu “Catálogo”; então, destruímos a sua bela obra e geramos o sofrimento.

Quando se diz que é preciso “aceitar a vontade de Deus”, diante do sofrimento e da morte, não quer dizer que foi Deus quem quis o mal, aquela tragédia, aquela doença, etc. Não. Deus não pode querer o mal. Mas Ele permite, porque não desrespeita as leis que Ele mesmo criou e, de modo especial, o nosso livre arbítrio. Deus respeita a nossa dignidade e semelhança a Ele. Deus entregou o mundo em nossas mãos.


Se Ele ficasse nos livrando das consequências dos nossos pecados, nunca nos tornaríamos filhos maduros.
“Deus não fez a morte nem tem prazer em destruir os viventes”, diz o livro da Sabedoria (1,13).
“Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão” (Sab 2,23).

A esperança e a confiança que o cristão tem em Deus, infinitamente sábio, fazem que ele sofra com paz; e isto não tem nada de masoquismo doentio, nem mesmo complacência na dor pela dor, pois isto não é evangélico.

Na sua Sabedoria e Bondade, infinitas, Deus achou por bem correr o risco de poder nos ver errar e sofrer. Foi o preço da nossa semelhança a Ele.
O Criador poderia estar constantemente vigiando o mundo, de modo que nunca houvesse algum desastre ou sofrimento. Mas esse procedimento seria menos digno de Deus, que deseja dar ao homem a oportunidade de se realizar, de se tornar grande, com liberdade e nobreza.
Deus não quer retirar do homem o precioso dom da livre opção; então, deixa o homem agir. Ele escreve reto por linhas tortas.

Prof. Felipe Aquino

Bento XVI destaca três vias para conhecer Deus





'É sempre Ele (Deus) que nos faz entrar na sua intimidade, revelando-se e doando-nos a graça para poder acolher esta revelação na fé', destaca Papa



Quais as vias de acesso para conhecer Deus? Este foi o tema central da catequese realizada pelo Papa Bento XVI na Sala Paulo VI, no Vaticano, nesta quarta-feira, 14.

O Santo Padre citou três vias básicas para esse acesso: o mundo, o homem e a fé. Ciente de que existe no mundo o risco de desviar o homem desses caminhos, Bento XVI destacou o fato de que Deus nunca se cansa de buscar o homem, pois o ama.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI – 14/11/2012


“Há algumas vias que podem abrir o coração do homem ao conhecimento de Deus, há sinais que conduzem para Deus. Certo, muitas vezes corremos o risco de sermos ofuscados pelo brilho do mundanismo, que nos tornam menos capazes de percorrer tais caminhos ou de ler tais sinais. Deus, porém, não se cansa de procurar-nos, porque nos ama”.
O Papa lembrou que, na busca por conhecer Deus, o primeiro passo é do próprio Deus, antecedendo cada iniciativa do homem. “É sempre Ele que nos faz entrar na sua intimidade, revelando-se e doando-nos a graça para poder acolher esta revelação na fé”.

Referindo-se às três vias que conduzem à descoberta de Deus, Bento XVI destacou que uma delas é relativa ao próprio mundo, ou seja, é saber contemplar com olhos atentos a criação. “O mundo não é um magma disforme, mas quanto mais o conhecemos, mais descobrimos os surpreendentes mecanismos, mais vemos um projeto, vemos que tem uma inteligência criadora”.

O segundo caminho é o homem. Nesse aspecto, o Papa recordou uma célebre frase de Santo Agostinho que diz que “Deus é mais íntimo a mim quanto o seja eu a mim mesmo (cfr Confessioni III, 6, 11)”. E aí também o Papa citou o risco de perder, no mundo de hoje, a capacidade do homem olhar profundamente para dentro de si mesmo.

Como terceira via, Bento XVI destacou a fé. “A fé, de fato, é encontro com Deus que fala e opera na história e que converte a nossa vida cotidiana, transformando em nós a mentalidade, juízos de valor, escolhas e ações concretas. Não é ilusão, fuga da realidade, refúgio confortável, sentimentalismo, mas é implicação de toda a vida e é anúncio do Evangelho, Boa Notícia capaz de libertar todos os homens”.

Por fim, o Santo Padre destacou que um cristão fiel ao projeto de Deus já é uma via privilegiada para aqueles que estão na indiferença ou na dúvida sobre a sua própria existência ou ações. “Isto, porém, pede a cada um para tornar sempre mais transparente o próprio testemunho de fé, purificando a própria vida para que seja conforme a Cristo”. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

ASSUMA SUA PRÓPRIA IDENTIDADE



Conteúdo enviado pelo internauta Rodrigo Stankevicz

Uma das características mais importantes concedida por Deus ao homem foi a sua identidade. “Homem e mulher, Deus os criou” (Gn 1,27), afirma a Sagrada Escritura. Deste modo, a antropologia cristã entende que o ser humano é composto por dois gêneros distintos: masculino e feminino, segundo suas claras diferenças anatômicas. Interessante que essas diferenças, devido à técnica avançada da medicina, são notadas já no ventre materno por meio da ultrassonografia morfológica, podendo, desde poucas semanas, constatar o sexo do bebê para a alegria dos pais, os quais já dão sentido àquela realidade definida pela natureza, presenteando com o que é próprio do gênero esperado.


Podemos ir além: “façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn 1,26). Percebemos, nestas santas palavras, a alta dignidade à qual Deus elevou o homem e a mulher. Somos mais que uma mera matéria que, um dia, entrará em estado de decomposição; somos imagem e semelhança do Senhor. O salmista afirma sobre o homem: “Pouco abaixo de um deus o fizestes, e o coroaste de glória e esplendor.” (Sl 8,6). Não sei se você consegue perceber tamanho esplendor e dignidade com o qual o homem é coroado pelo Criador; porém, não poucas vezes, o próprio homem, instintivamente, reduz-se à sua sexualidade, às suas ideologias, aos seus instintos, etc. Necessita de domínio de si e amor pela verdade para não deixar esses elementos o rebaixarem.

Uma das características mais importantes concedida por Deus ao homem foi a sua identidade. “Homem e mulher, Deus os criou”

Infelizmente, nos últimos anos, tem-se divulgado amplamente a Ideologia do Gênero. Os adeptos desta corrente ideológica afirmam uma “construção” da sexualidade do homem a partir de suas experiências sociais e culturais, ou seja, a grosso modo, podemos dizer que a identidade biológica adquirida pela natureza não mais é tão relevante, visto que o ser “homem” e o ser “mulher” já não tem seu papel determinante na identidade do homem moderno.
 Assim sendo, em meio essa evolução caótica, o homem segue sua vida sem ao menos conhecer-se. Permanece um desconhecido para si mesmo, pois não valoriza sua dignidade, não assimila, conscientemente, a grandeza de seu papel na criação. Parte deste caos se deve pelo fato de o homem não buscar conhecer Jesus como relatou o Beato João Paulo II: “O homem que não conhece Jesus Cristo permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável, um enigma indecifrável”. (Redemptor hominis). Portanto, o ser humano caminha às escuras, sem sentindo em sua vida, desconhecendo Jesus Cristo, plenitude da revelação de Deus. Ao contrário daquele que reconheceu no rosto de Cristo como seu mais alto ideal, este é cheio de sentido, sua vida é configurada a dinâmica da revelação divina.
Enquanto o homem moderno persistir em manter-se alheia às coisas de Deus, embora a “sede de verdade arda em seu coração” (Bento XVI), continuará cada vez mais distanciando-se de sua essência genuína, e do chamado a construir uma relação plena com seu Criador.