sexta-feira, 14 de junho de 2013

Papa afirma que terminará a Encíclica iniciada por Bento XVI



VATICANO, 13 Jun. 13 / 06:04 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa recebeu nesta manhã em audiência aos membros do 13º Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos e lhes anunciou que terminará a Encíclica sobre a fé que Bento XVI tinha começado a escrever.

Esta é a primeira vez que o Santo Padre confirma publicamente que concluirá esta encíclica sobre a fé.
Faz uns dias o Bispo de Molfetta-Ruvo-Giovinazzo-Terlizzi (Itália), Dom Luigi Martella, assinalou que o Papa Francisco está preparando esta encíclica e outra mais sobre os pobres que poderia titular-se "Beati pauperes".

Em seu discurso de hoje, o Papa refletiu com a Secretaria do Sínodo sobre a nova Evangelização para a transmissão da fé. "Entre estes dois elementos -disse o Pontífice- há uma estreita conexão: a transmissão da fé cristã é o objetivo da nova evangelização e de toda a obra evangelizadora da Igreja, que existe, justamente, para isso".

"A frase ‘nova evangelização’ ressalta, ademais, a certeza cada vez mais clara de que, também nos países de antiga tradição cristã, é necessário um anúncio renovado do Evangelho que volte a levar a um encontro com Cristo que transforme realmente a vida e não seja superficial e rotineiro. E isto repercute na ação pastoral".

O Santo Padre citou logo as palavras de Paulo VI em seu discurso ao Colégio Cardenalício em 1973: "as condições da sociedade nos obrigam a revisar os métodos, a tentar com todos os meios estudar como levar ao homem de nossos dias a mensagem cristã, pois somente com ela pode encontrar a resposta a suas interrogantes e a força para seu compromisso de solidariedade humana".

"Quero alentar a toda a comunidade eclesial -acrescentou o Papa Francisco- a que não tenha medo de ‘sair’ dela mesma para anunciar, confiando sobretudo na presença misericordiosa de Deus que nos guia. Efetivamente, as técnicas são importantes mas nem sequer a mais perfeita delas poderia substituir à ação discreta mas eficaz do ator principal da evangelização: o Espírito Santo".

Francisco ressaltou que "é necessário deixar-se conduzir por Ele, embora nos leve por caminhos novos; é necessário deixar-se transformar por Ele para que nosso anúncio seja sempre o da palavra acompanhada pela simplicidade de vida, do espírito de oração, da caridade para todos, especialmente os pequenos e os pobres; da humildade e do desapego de si mesmo, da santidade de vida.".

O Sínodo dos Bispos "foi um dos frutos do Concílio Vaticano II" e "graças a Deus, nestes cinquenta 
anos se sentiram os benefícios desta instituição que, de forma permanente, está a serviço da missão e da comunhão da Igreja, como expressão da colegialidade".

"Abertos à graça do Espírito Santo, que é a alma da Igreja, confiamos em que o Sínodo melhorará ainda mais para favorecer o diálogo e a colaboração entre os bispos e entre eles com o Bispo de Roma", concluiu o Santo Padre.

O Papa também respondeu algumas perguntas dos presentes. Ali anunciou que terminará a encíclica iniciada por Bento XVI e se referiu à importância de temas como a família, a dignidade humana e a tecnologia em vistas aos 50 anos (em 2015) do documento Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II.

O Santo Padre criticou que muita gente considere atualmente o matrimôniocomo algo "provisório" e se referiu ao tema da ecologia, em particular a ecologia humana. O Pontífice falou também do laicismo e agradeceu a todos os presentes os esforços por responder a este e outros desafios.


terça-feira, 4 de junho de 2013

A Igreja não é uma organização cultural, mas é a família de Jesus, diz o Papa


VATICANO, 03 Jun. 13 / 11:13 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao presidir na manhã deste sábado a Missa na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco sublinhou que "a Igreja não é uma organização cultural", mas é "a família de Jesus".

O Santo Padre assinalou que os cristãos não devem ter vergonha de viver com o escândalo da Cruz, e os exortou a não se deixarem "enganar pelo espírito do mundo".

Ao recordar a pergunta feita pelos escribas e pelos sumos sacerdotes a Jesus -"Com que autoridade fazes estas coisas?"-, Francisco assinalou que tentavam colocar uma armadilha ao Senhor, forçando a que cometa um erro.

"O problema que estas pessoas tinham com Jesus", disse o Papa, não era que ele tenha realizado milagres, mas sim "estavam surpreendidos de que os demônios gritassem a Jesus ‘Tu és o Filho de Deus, Tu és o Santo".

Esta é a razão pela qual Jesus realmente escandalizava, indicou, pois "Ele é Deus que se encarnou".

O Papa advertiu que para nós também "existem armadilhas na vida", mas a característica que escandaliza da Igreja é o mistério da Encarnação do Verbo, e "isto não pode ser tolerado, isto o diabo não tolera".

"Quantas vezes se ouve dizer: ‘Mas vocês cristãos, sejam um pouco mais normais, mais razoáveis, como as outras pessoas!".

O Santo Padre assegurou que este é um "discurso feito certamente pelos encantadores de serpentes. ‘Mas vocês sejam normais, né? Um pouco mais normais não tão rígidos’. Mas por trás disto existe: ‘Por favor, não venham com esta história sobre Deus que se fez homem!’".

"A Encarnação do Verbo. Esse é o escândalo que está por trás! Nós podemos fazer todas as obras sociais que queremos e eles dirão: ‘mas que bonito, que boa a Igreja, que boa obra social que faz a Igreja’. Mas se nós dissermos que fazemos isto porque estas pessoas que ajudamos são a carne de Cristo, vira um escândalo".

"E esta é a verdade, esta é a revelação de Jesus: A presença de Jesus encarnado".

O Papa assegurou que "este é o ponto", pois "sempre existirá a tentação de fazer coisas boas sem o escândalo do Verbo Encarnado, sem o escândalo da Cruz".

Ao invés disto, indicou o Santo Padre, devemos "ser coerentes com este escândalo, com esta realidade que escandaliza". E melhor que isto: "ser coerentes com a fé".

Francisco também recordou que o Apóstolo João diz que "aqueles que negam que o Verbo se fez carne são do anticristo; eles são o anticristo".

Por outro lado, disse o Papa, "somente aqueles que dizem que o Verbo se fez carne são do Espírito Santo".
"Faria bem a todos pensar isto: A Igreja não é uma organização cultural que inclui a religião e o trabalho social", mas "a Igreja é a família de Jesus".

O Papa assinalou que "a Igreja confessa que Jesus é o Filho de Deus feito carne. Isto é um escândalo, e por isso perseguiram Jesus".

"Ao final das contas, a resposta que Jesus não quis dar a estes, à pergunta ‘com que autoridade fezes isto?’ Ele a dá ao sumo sacerdote, ‘ao final, és o Filho de Deus? - Sim!".

O Santo Padre indicou que Jesus foi "sentenciado a morte por isso. Este é o centro da perseguição. Se nós nos tornamos cristãos ‘razoáveis’, cristãos ‘sociais’, cristãos de beneficência, qual será a consequência? Que nunca teremos mártires, essa será a consequência".

Entretanto, disse, quando os cristãos dizemos a verdade, que "o Filho de Deus veio e se fez carne", quando "pregamos o escândalo da Cruz, a perseguição virá, a Cruz virá".

"Peçamos ao Senhor para não termos vergonha de viver com este escândalo da Cruz. Peçamos também a sabedoria, a sabedoria para não cairmos na armadilha do espírito do mundo, que sempre nos fará propostas educadas, propostas civis, boas propostas. Mas por trás disso precisamente existe a negação do fato de que o Verbo se fez carne, da 
Encarnação do Verbo".

"No final das contas isso é o que escandaliza àqueles que perseguem Jesus, isso é o que destrói a obra do demônio. Assim seja", concluiu.


Iniciativa europeia "Um de nós" pede frear pesquisas com embriões humanos

MADRI, 04 Jun. 13 / 08:20 am (ACI/Europa Press).- O eurodeputado popular Jaime Mayor Oreja e Adolfo Suárez Illana, filho do ex-presidente do Governo Adolfo Suárez, apoiaram na tarde de ontem a apresentação da iniciativa popular europeia "Um de nós", que pretende impedir por ser "inútil" o financiamento de pesquisas que suponham a destruição de embriões humanos já que, segundo os promotores, "demonstrou-se pela ciência que existem alternativas respeitosas com a vida".

O ato, celebrado no escritório em Madri da Comissão e do Parlamento Europeu, foi apresentado por Miguel Ángel Tobías, que insistiu em que se trata de uma iniciativa "aconfessional e apolítica" e que cada um dos que rechaçam a pesquisa com embriões humanos o faz "a título individual".
Entre as 500 personalidades que, segundo 'Um de nós' ('One of us', na versão inglesa para o conjunto de países da Europa), respaldam esta iniciativa popular se encontra o toureiro Juan José Padilla -que não pôde finalmente ir ao ato desta segunda-feira-, a jornalista Isabel Durán ou o secretário geral da Real Academia de Jurisprudência, Rafael Navarro Valls, que advogou por "reencontrar-se com as raízes mais profundas da Europa".

O eurodeputado Jaime Mayor Oreja advertiu que a Europa enfrenta um "debate crucial" do ponto de vista cultural mais que ideológico. "De todos os adversários, o pior é o que não tem siglas", disse antes de sustentar que o "medo ao que dirão é pior que o medo físico".
Os promotores de "Um de nós", como Adolfo Suárez Illana, defenderam que o mais progressista é defender a vida. "Há quem oferece atalhos à vida", disse em referência ao aborto e à eutanásia, "mas nunca pode ser identificando-se com o progresso e a democracia".

Ponto de vista científico
Mónica López Barona, membro do Comitê Diretor de Bioética do Conselho da Europa, assegurou que do ponto de vista da ciência se sabe "com certeza que desde o momento em que um espermatozoide fecunda um óvulo temos vida". "Hoje sabemos", continuou, "que pesquisar com células embrionárias não tem sentido terapêutico".

Tanto López Barona como Nicolás Jouve, catedrático de Genética, destacaram a "inutilidade" de realizar pesquisas com embriões humanos tendo em conta que já existem "alternativas". Jouve citou expressamente os trabalhos com células mães não embrionárias premiados com o Prêmio Nobel de Medicina.

A porta-voz de 'Um de nós', María Crespo, detalhou as cifras da iniciativa, que já conta com 500.000 assinaturas no conjunto da Europa, 40.000 na Espanha. Os países que "conseguiram o objetivo mínimo" proposto pelas autoridades europeias para tramitar a ILP são, além da Espanha, Hungria, Itália, Polônia, Áustria, Eslováquia e Holanda.