O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e na Europa, celebrada no
dia 31 de outubro. A comemoração veio dos antigos povos bárbaros celtas,
os quais habitavam a Grã-Bretanha há mais de 2 mil anos.
Os celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo
ritual, para eles os espíritos das pessoas mortas voltariam à Terra durante a
noite e queriam, entre outras coisas, alimentar-se e assustar as pessoas.
Então, os bárbaros costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar
esses espíritos.
O episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os
cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os celtas e outros povos da ilha,
especialmente pela intercessão de São Patrício, no século IV e V, e com o
grande São Columbano no século VI.
Assim, a Igreja Católica transformou
este ritual pagão em uma festa religiosa. Esta estratégia da Igreja foi
ensinada por São Leão Magno e São Gregório Magno, passando a ser celebrada
nesta mesma época, mas em vez de honrar espíritos e forças ocultas, o povo
recém-catequizado deveria honrar os santos. Daí veio o “All Hallows Day”: o
‘Dia de todos os santos’.
A tradição, entretanto, continuou entre estes povos. Além de celebrarem
o ’Dia de todos os santos’, os não convertidos ao Cristianismo celebravam
também a noite da véspera do ‘Dia de todos os santos’ com as máscaras
assustadoras e com a comida. A noite era chamada de “All Hallows Evening”,
abreviando-se, veio o Halloween.
Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas ou outros espíritos
não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação
folclórica. Devemos, sim, celebrar o dia de todos os santos. Esses são
reais e verdadeiros, são modelos de vida para nós e, diante de Deus, intercedem
por nós sem cessar.
É bom lembrar a recomendação de São
Paulo: “As coisas que os
pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que
tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do
Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do
Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar a ira do Senhor?
Acaso somos mais fortes do que ele?” (1 Cor 10,19-22)
Prof. Felipe Aquino