"É preciso entregar a dor nas mãos de
Jesus", diz padre Reginaldo.
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Filhos e filhas, não há milagre maior
do que ser curado em Deus. E o que mais Ele deseja é que sejamos libertos; para
isso, precisamos perdoar.
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de
misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;
Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver
queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E,
sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Colossenses
3,12-14).
Um elemento importante para cura
acontecer é o perdão. Só consegue perdoar quem tem compaixão, bondade,
humildade; caso contrário, não há como perdoar. A vingança tem um sabor
momentâneo de vitória.
Perdoar não é só sentimento, não é apenas uma questão emocional, mas é decisão,
vontade. Perdoar é libertar-se, mas não é mágica, é vontade e muita decisão. O
perdão é gradativo.
Em boa parte da nossa vida, precisamos retomar as nossas feridas e pedir para
Deus nos curar ainda mais. Quanto tempo você leva para curar uma lesão? Quantas
vezes machucamos, várias vezes, as vértebras no nosso casamento, das amizades,
e queremos ser curado em um dia, num grupo de oração!
Quantas vezes, programa-se uma volta, um revide. Cuidado com o que você deseja!
A cura vem de uma vontade cristã, a qual não parte da lógica humana, mas dos
filhos de Deus, santos e amados.
Não minimize a dor, não a amenize. Reconheça que você foi ferido, machucado,
mas, ao mesmo tempo, pegunte-se sobre o que você pode aprender com essa
machucadura.
O primeiro sentimento que nos ajuda a ser curados é o sentimento de compaixão.
É preciso nos colocar no lugar do outro. Compaixão é ter paciência com erro do
outro. Você não muda o passado, mas você pode escrever o presente.
Humildade é reconhecer onde você foi frustrado. Olhe para trás e veja o que não
está resolvido em Deus.
É difícil conviver com uma pessoa vingativa. Uma grande falta nossa é não
perceber o pecado que há em nós e em nossa família. Se não temos consciência
das nossas falhas, não vamos compreender a falha do outro. Se tenho consciência
das minhas fraquezas, será mais fácil conviver com a fragilidade do outro.
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