VATICANO, 13 Jun. 13 / 06:04 pm (ACI/EWTN
Noticias).- O Papa recebeu nesta manhã em audiência aos membros do
13º Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos e lhes
anunciou que terminará a Encíclica sobre a fé que Bento XVI tinha
começado a escrever.
Esta é a primeira vez que o Santo Padre confirma
publicamente que concluirá esta encíclica sobre a fé.
Faz uns dias o Bispo de
Molfetta-Ruvo-Giovinazzo-Terlizzi (Itália), Dom Luigi Martella, assinalou que o
Papa Francisco está preparando esta encíclica e outra mais sobre os pobres que
poderia titular-se "Beati pauperes".
Em seu discurso de hoje, o Papa refletiu com a
Secretaria do Sínodo sobre a nova Evangelização para a transmissão da fé.
"Entre estes dois elementos -disse o Pontífice- há uma estreita conexão: a
transmissão da fé cristã é o objetivo da nova evangelização e de toda a obra
evangelizadora da Igreja,
que existe, justamente, para isso".
"A frase ‘nova evangelização’ ressalta,
ademais, a certeza cada vez mais clara de que, também nos países de antiga
tradição cristã, é necessário um anúncio renovado do Evangelho que volte a
levar a um encontro com Cristo que transforme realmente a vida e não seja
superficial e rotineiro. E isto repercute na ação pastoral".
O Santo Padre citou logo as palavras de Paulo VI em
seu discurso ao Colégio Cardenalício em 1973: "as condições da sociedade
nos obrigam a revisar os métodos, a tentar com todos os meios estudar como
levar ao homem de nossos dias a mensagem cristã, pois somente com ela pode
encontrar a resposta a suas interrogantes e a força para seu compromisso de
solidariedade humana".
"Quero alentar a toda a comunidade eclesial
-acrescentou o Papa Francisco- a que não tenha medo de ‘sair’ dela mesma para
anunciar, confiando sobretudo na presença misericordiosa de Deus que nos guia.
Efetivamente, as técnicas são importantes mas nem sequer a mais perfeita delas
poderia substituir à ação discreta mas eficaz do ator principal da
evangelização: o Espírito Santo".
Francisco ressaltou que "é necessário
deixar-se conduzir por Ele, embora nos leve por caminhos novos; é necessário
deixar-se transformar por Ele para que nosso anúncio seja sempre o da palavra
acompanhada pela simplicidade de vida, do espírito de oração, da caridade para
todos, especialmente os pequenos e os pobres; da humildade e do desapego de si
mesmo, da santidade de vida.".
O Sínodo dos Bispos "foi um dos frutos do
Concílio Vaticano II" e "graças a Deus, nestes cinquenta
anos se
sentiram os benefícios desta instituição que, de forma permanente, está a
serviço da missão e da comunhão da Igreja, como expressão da
colegialidade".
"Abertos à graça do Espírito Santo, que é a
alma da Igreja, confiamos em que o Sínodo melhorará ainda mais para favorecer o
diálogo e a colaboração entre os bispos e entre eles com o Bispo de Roma",
concluiu o Santo Padre.
O Papa também respondeu algumas perguntas dos
presentes. Ali anunciou que terminará a encíclica iniciada por Bento XVI e se
referiu à importância de temas como a família, a dignidade
humana e a tecnologia em vistas aos 50 anos (em 2015) do documento Gaudium et
Spes do Concílio Vaticano II.
O Santo Padre criticou que muita gente considere
atualmente o matrimôniocomo
algo "provisório" e se referiu ao tema da ecologia, em particular a
ecologia humana. O Pontífice falou também do laicismo e agradeceu a todos os
presentes os esforços por responder a este e outros desafios.