VATICANO, 03 Jun. 13 / 11:13 am (ACI/EWTN
Noticias).- Ao presidir na manhã deste sábado a Missa na
Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco sublinhou que "a Igreja não é uma
organização cultural", mas é "a família de
Jesus".
O Santo Padre assinalou que os cristãos não devem
ter vergonha de viver com o escândalo da Cruz, e os exortou a não se deixarem
"enganar pelo espírito do mundo".
Ao recordar a pergunta feita pelos escribas e pelos
sumos sacerdotes a Jesus -"Com que autoridade fazes estas coisas?"-,
Francisco assinalou que tentavam colocar uma armadilha ao Senhor, forçando a
que cometa um erro.
"O problema que estas pessoas tinham com
Jesus", disse o Papa, não era que ele tenha realizado milagres, mas sim
"estavam surpreendidos de que os demônios gritassem a Jesus ‘Tu és o Filho
de Deus, Tu és o Santo".
Esta é a razão pela qual Jesus realmente
escandalizava, indicou, pois "Ele é Deus que se encarnou".
O Papa advertiu que para nós também "existem
armadilhas na vida",
mas a característica que escandaliza da Igreja é o mistério da Encarnação do
Verbo, e "isto não pode ser tolerado, isto o diabo não tolera".
"Quantas vezes se ouve dizer: ‘Mas vocês
cristãos, sejam um pouco mais normais, mais razoáveis, como as outras pessoas!".
O Santo Padre assegurou que este é um
"discurso feito certamente pelos encantadores de serpentes. ‘Mas vocês
sejam normais, né? Um pouco mais normais não tão rígidos’. Mas por trás disto
existe: ‘Por favor, não venham com esta história sobre Deus que se fez
homem!’".
"A Encarnação do Verbo. Esse é o escândalo que
está por trás! Nós podemos fazer todas as obras sociais que queremos e eles
dirão: ‘mas que bonito, que boa a Igreja, que boa obra social que faz a
Igreja’. Mas se nós dissermos que fazemos isto porque estas pessoas que
ajudamos são a carne de Cristo, vira um escândalo".
"E esta é a verdade, esta é a revelação de
Jesus: A presença de Jesus encarnado".
O Papa assegurou que "este é o ponto",
pois "sempre existirá a tentação de fazer coisas boas sem o escândalo do
Verbo Encarnado, sem o escândalo da Cruz".
Ao invés disto, indicou o Santo Padre, devemos
"ser coerentes com este escândalo, com esta realidade que
escandaliza". E melhor que isto: "ser coerentes com a fé".
Francisco também recordou que o Apóstolo João diz
que "aqueles que negam que o Verbo se fez carne são do anticristo; eles
são o anticristo".
Por outro lado, disse o Papa, "somente aqueles
que dizem que o Verbo se fez carne são do Espírito Santo".
"Faria bem a todos pensar isto: A Igreja não é
uma organização cultural que inclui a religião e o trabalho social", mas
"a Igreja é a família de Jesus".
O Papa assinalou que "a Igreja confessa que
Jesus é o Filho de Deus feito carne. Isto é um escândalo, e por isso
perseguiram Jesus".
"Ao final das contas, a resposta que Jesus não
quis dar a estes, à pergunta ‘com que autoridade fezes isto?’ Ele a dá ao sumo
sacerdote, ‘ao final, és o Filho de Deus? - Sim!".
O Santo Padre indicou que Jesus foi
"sentenciado a morte por isso. Este é o centro da perseguição. Se nós nos
tornamos cristãos ‘razoáveis’, cristãos ‘sociais’, cristãos de beneficência,
qual será a consequência? Que nunca teremos mártires, essa será a
consequência".
Entretanto, disse, quando os cristãos dizemos a
verdade, que "o Filho de Deus veio e se fez carne", quando
"pregamos o escândalo da Cruz, a perseguição virá, a Cruz virá".
"Peçamos ao Senhor para não termos vergonha de
viver com este escândalo da Cruz. Peçamos também a sabedoria, a sabedoria para
não cairmos na armadilha do espírito do mundo, que sempre nos fará propostas
educadas, propostas civis, boas propostas. Mas por trás disso precisamente
existe a negação do fato de que o Verbo se fez carne, da
Encarnação do
Verbo".
"No final das contas isso é o que escandaliza
àqueles que perseguem Jesus, isso é o que destrói a obra do demônio. Assim
seja", concluiu.
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