quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Segue uma carta de um jovem sobre a renúncia do Papa Bento XVI


"Tenho 23 anos e ainda não entendo muitas coisas. E há muitas coisas que não se podem entender as 8h da manhã quando te acordam para dizer em poucas palavras: “Daniel, o papa renunciou.” Eu apressadamente contestei: “Renunciou?”. A resposta era mais que óbvia, “Renunciou, Daniel, o papa renunciou!”.

O papa renunciou. Assim amanheceu escrito em todos os jornais, assim amanheceu o dia para a maioria, assim rapidamente alguns tantos perderam a fé e outros muitos a reforçaram. Poucas pessoas entendem o que é renunciar.

Eu sou católico. Um de muitos. Desses que durante sua infância foi levado à missa, cresceu e criou apatia. Em algum ponto ao longo da estrada deixei pra lá toda a minha crença e a minha fé na Igreja, mas a Igreja não depende de mim para seguir, nem de ninguém (nem do Papa). Em algum ponto da minha vida, voltei a cuidar da minha parte espiritual e assim, de repente e simplesmente, prossegui um caminho no qual hoje eu digo: Sou católico. Um de muitos sim, mas católico por fim. Mas assim sendo um doutor em teologia, ou um analfabeto em escrituras (desses que há milhões), o que todo mundo sabe é que o Papa é o Papa. Odiado, amado, objeto de provocações e orações, o Papa é o Papa, e o Papa morre sendo Papa. Por isso hoje quando acordei com a notícia, eu, junto a milhões de seres humanos, nos perguntamos “por que?”. Por que renuncia senhor Ratzinger? Sentiu medo? Sentiu a idade? Perdeu a fé? A ganhou? E hoje, 12 horas depois, creio que encontrei a resposta: O senhor Ratzinger renunciou toda a sua vida.

Simples assim.

O papa renunciou a uma vida normal. Renunciou ter uma esposa. Renunciou ter filhos. Renunciou ganhar um salário. Renunciou a mediocridade. Renunciou as horas de sono pelas horas de estudo. Renunciou ser só mais um padre, mas também renunciou ser um padre especial. Renunciou preencher a sua cabeça de Mozart, para preenchê-la de teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a, tendo 85 anos, estar aposentado, desfrutando de seus netos na comodidade de sua casa e no calor de uma lareira. Renunciou desfrutar de seu país. Renunciou seus dias de folga. Renunciou sua vaidade. Renunciou a defender-se contra os que o atacavam. Sim, isso me deixa claro que o Papa foi, em toda sua vida, muito apegado à renuncia.

E hoje, voltou a demonstrar. Um papa que renuncia a seu pontificado quando sabe que a Igreja não está em suas mãos, mas nas mãos de alguém maior, parece ser um Papa sábio. Nada é maior que a Igreja. Nem o Papa, nem seus sacerdotes, nem os laicos, nem os casos de pedofilia, nem os casos de misericórdia. Nada é maior que ela. Mas ser Papa nesse tempo do mundo, é um ato de heroísmo (desses heroísmos que acontecem diariamente em nosso país e ninguém nota). Recordo sem dúvida, as histórias do primeiro Papa. Um tal... Pedro. Como morreu? Sim, em uma cruz, crucificado igual ao teu mestre, mas de cabeça para baixo. Hoje em dia, Ratzinger se despede de modo igual. Crucificado pelos meios de comunicação, crucificado pela opinião pública e crucificado pelos seus irmãos católicos. Crucificado pela sombra de alguém mais carismático. Crucificado na humildade que tanto dói entender. É um mártir contemporâneo, desses que se pode inventar histórias, a esses que se pode caluniar e acusar a vontade, que não respondem. E quando responde, a única coisa que faz é pedir perdão. “Peço perdão pelos meus defeitos”. Nem mais, nem menos. Quanta nobreza, que classe de ser humano. Eu poderia ser mórmon, ateu, homossexual e abortista, mas ver uma pessoa da qual se dizem tantas coisas, que recebe tantas críticas e ainda responde assim... esse tipo de pessoa, já não se vê tanto no mundo.

Vivo em um mundo onde é engraçado zombar o Papa, mas que é um pecado mortal zombar um homossexual (e ser taxado como um intolerante, fascista, direitista e nazista). Vivo em um mundo onde a hipocrisia alimenta as almas de todos nós. Onde podemos julgar um senhor de 85 anos que quer o melhor para a Instituição que representa, mas lhe indagamos com um “Com que direito renuncia?”. Claro, porque no mundo NINGUÉM renuncia a nada. Ninguém se sente cansado ao ir pra escola. Ninguém se sente cansado ao ir trabalhar. Vivo um mundo onde todos os senhores de 85 anos estão ativos e trabalhando (sem ganhar dinheiro) e ajudam às massas. Sim, claro.

Mas agora sei, senhor Ratzinger, que vivo em um mundo que vai sentir falta do senhor. Em um mundo que não leu seus livros, nem suas encíclicas, mas que em 50 anos se lembrará como, com um simples gesto de humildade, um homem foi Papa, e quando viu que havia algo melhor no horizonte, decidiu partir por amor à sua Igreja. Vá morrer tranquilo senhor Ratzinger. Sem homenagens pomposas, sem um corpo exibido em São Pedro, sem milhares aclamando aguardando que a luz de seu quarto seja apagada. Vá morrer, como viveu mesmo sendo Papa: humildemente.

Bento XVI, muito obrigado por renunciar."


                                                                               

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Papa nomeia novo bispo da Diocese de Floresta





Pe. GABRIELE MARCHESI


A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou que o papa Bento XVI realizou a nomeação de dois novos bispos para o Brasil nesta quinta-feira, 21 de fevereiro. Acolhendo a renúncia de dom Odilon Guimarães Moreira, foi nomeado o padre Marco Aurélio Gubiotti como bispo da diocese de Itabira-Coronel Fabriciano (MG).E para a vacante diocese de Floresta (PE), foi nomeado bispo o padre Gabriele Marchesi.
Padre Gabriele Marchesi
 nasceu em Incisa Valdarno, na Itália, e está com 59 anos de idade. Cursou filosofia no Seminário Diocesano de Fiesole, e a Teologia em Fiorentino. Ordenado sacerdote em 1978, atuou como pároco na diocese de Fiesole até 2003, quando veio para o Brasil. Desde então, está na diocese deViana (MA) como sacerdote “Fidei Donum”. Atualmente, era o pároco daParóquia São Pedro Apóstolo e Nossa Senhora do Rosário na cidade de Pedro do Rosário (MA), e também o Coordenador de Pastoral da Diocese.
Nossas orações e votos de sabedoria, para conduzir o rebanho que o Senhor confiou ao nosso querido Pe. Gabriele Marchesi, que São Pedro Apóstolo e Nossa Senhora do Roário e  interceda a Deus pelo nosso irmão eleito ao ministério do episcopado.

PARABÉNS MONS. GABRIELE MARCHESI

Fonte: Diocese de Viana 


Publicado documento do Papa com mudanças sobre o Conclave Possível antecipação


Papa publica documento que permite antecipar o Conclave



Da Redação, com Rádio Vaticano

O boletim da Santa Sé publicou, nesta segunda-feira, 25, a carta apostólica em forma de Motu Proprio (de iniciativa própria) do Papa Bento XVI com algumas modificações relativas à eleição do Papa. Entre as alterações, está a possibilidade, facultada aos cardeais, de antecipar o Conclave.
No Motu Proprio, ficou estabelecido que “do momento no qual a Sé Apostólica esteja legitimamente vacante, deve-se esperar por 15 dias completos os ausentes antes de iniciar o Conclave”.  O Papa deixa ao Colégio de Cardeais a possibilidade de antecipar o início do Conclave se constar a presença de todos os cardeais eleitores, bem como de prolongar, se houver motivos graves, o início da eleição por alguns dias. Passados, porém, ao máximo 20 dias do início da Sé Vacante, todos os cardeais eleitores presentes devem proceder com a eleição.
Também foram especificadas as normas para o sigilo do Conclave: “Todo o território da Cidade do Vaticano e também a atividade ordinária dos escritórios estabelecidos no seu escopo deve ser ajustada para esse período, de modo a assegurar a confidencialidade e o livre desenvolvimento de todas as operações relacionadas com a eleição do Sumo Pontífice”.
Em relação ao sigilo, também ficou estabelecido que deve ser providenciado, com a ajuda dos prelados clérigos da Câmara, que os cardeais eleitores não sejam abordados por ninguém durante o percurso da Casa Santa Marta, local onde ficam hospedados os cardeais, até o Palácio Apostólico Vaticano.
Caso o sigilo absoluto de questões relacionadas ao Conclave seja violado, isso implicará excomunhão.
Quanto à eleição do novo Pontífice, o Papa estabelece que sua validade estará sujeita à obtenção de, ao menos, dois terços dos votos, computados com base nos eleitores presentes e votantes.
Caso a eleição não tenha êxito, é estabelecido que seja dedicado um dia à oração, à reflexão e ao diálogo. Na eleição sucessiva, terão voz passiva somente dois nomes que, na votação anterior, obtiveram o maior número de votos. Também para esta votação será necessário obter, ao menos, dois terços de votos dos cardeais presentes e votantes. Nestas votações, os dois nomes já não têm mais voz ativa.

1° Assembléia paroquial



Aconteceu no dia 23 de fevereiro a primeira assembléia paroquial da cidade de Bela Vista ,que contou com a presença do monsenhor Gabriel Marches (eleito bispo de floresta Pernambuco).



Na assembléia tratou-se das cinco urgências da igreja:

1ª urgência = estado permanente de missão
A Igreja nos convida a ir ao encontro de todas as pessoas para anunciar esse Jesus que ama a todos, mas que muitos não conhecem ou amam pouco. A quem devemos anunciar? Aos que não conhecem a Cristo, aos afastados da Igreja, aos que estão longe mas também aos que estão perto. Visitar as casas, as escolas, as prisões, os hospitais, os comércios e locais de trabalho... enfim, fazer do anúncio de Jesus Cristo uma preocupação constante, em nível pessoal e comunitário. Isso implica pensar: quando conversamos com as pessoas, quando visitamos os amigos, o doentes em casa... falamos de Jesus Cristo e do Seu Evangelho? Todas as nossas comunidades, tem em seus projetos e programações pastorais, um dia, um momento, uma ocasião para sair em missão?



2ª urgência = iniciação à vida cristã
Nossa sociedade está deixando de ser cristã; o mundo já não é aquele mundo católico de outrora e os valores do Evangelho são mais transmitidos pelas famílias ... Isso implica repensar a catequese: mais que transmitir conhecimentos doutrinais, ela tem que ajudar as pessoas (crianças, adolescentes, jovens e adultos)  a encontrar-se com Jesus Cristo vivo a partir da Sua Palavra, numa experiência comunitária de fé (Igreja). As comunidades são convidadas a refletir como acolher as pessoas e formá-las não só para os sacramentos (Batismo, Eucaristia e Crisma) mas também oferecer momentos de formação (Catequese Permanente) com um itinerário concreto. Aqui entra a necessidade de uma formação mais especializada principalmente para aqueles que coordenam as Comunidades, Pastorais, Movimentos, Associaçõess e Novas Realidades de Igreja.



3ª urgência = animação bíblica da vida e da pastoral
A Bíblia, Palavra de Deus, nos faz íntimos de Jesus. Nossas comunidades são convidadas a favorecer que todas as pessoas tenham a Bíblia e nela busquem a pessoa de Jesus e os valores do Reino de Deus, encontrando as respostas para as questões que desafiam a fé, ameaçam a família, destroem o sentido comunitário e eclesial, anulam a ética e a esperança. As paróquias devem ser centros de conhecimento bíblico, também para que os cristãos estejam preparados quando os fundamentalistas baterem às nossas portas, confundindo a sã doutrina. A leitura orante da Palavra de Deus precisa fazer parte do dia-a-dia de cada cristão e de cada grupo de Igreja; também os Cursos Bíblicos, os encontros de comunidade... a Bíblia no centro, estudada, rezada, partilhada! Também é importante que nesse aspecto a Palavra de Deus na Liturgia seja melhor realçada; liturgia bem preparada, leituras bem proclamadas, homilias com conteúdo.


4ª urgência = comunidade de comunidades
Não é possível viver a fé cristã fora da vida de comunidade, como também a grande maioria dos católicos não pode continuar apenas frequentar a Missa dominical sem fazer parte de algum grupo menor. Nos pequenos grupos temos oportunidade de crescer e aprofundar na fé e no conhecimento de Cristo e da doutrina da Igreja, experimentar a fraternidade cristã e  realizar a doação de nós mesmos a serviço do próximo. Contudo, estes grupos como as CEBs ou outras comunidades, grupos de reflexão, de oração ou de quarteirão, Pastorais, movimentos, associações e grupos por faixa etária (jovens, casais, idosos) não podem ser isolados entre si ou talvez até em oposição: faz-se urgente pensar uma rede de comunidades muito unidas apesar de suas diferenças. Também é preciso pensar a setorização das Paróquias em pequenos núcleos, mais próximos das pessoas (capelas ou locais de culto nos bairros e periferias), onde a Igreja possa ir se fazendo cada vez mais presente.

5ª urgência = a serviço da vida
O compromisso com Jesus nos faz comprometidos com a dignidade do ser humano, a defesa da vida (desde a vida não nascida, ainda no ventre materno – nascituro, até o ocaso da vida) e o serviço à vida, preocupando-nos com as condições de vida dos excluídos, ignorados, idosos abandonados, violentados, explorados, drogados etc. Uma Igreja que sai ao encontro de quem tem a vida ameaçada com a caridade pessoal e institucional mas também engajando-se na sociedade e nas estruturas da cidade (conselhos de saúde, de segurança, de alimentação por exemplo) em busca de um mundo mais justo, fraterno e solidário.


A assembléia contou com um bom numero de paroquianos.





domingo, 17 de fevereiro de 2013

1° RETIRO PAROQUIAL DE JOVENS


Neste domingo 17 na cidade de Bela Vista aconteceu o primeiro retiro paroquial da juventude, que teve por tema: "Eis-me aqui, envia-me. O encontro contou com 60 jovens, um encontro de muito louvor, adoração e pregação, onde foi finalizado com uma passeata pelas ruas da cidade e a noite celebração da santa missa.
























Temas abordados no retiro: Amor de Deus,Família,Sexualidade,e o tema da campanha da fraternidade.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Quaresma, um novo recomeço


A grande beleza do caminho da Quaresma é chegar à Pascoa renovados. Para isso é preciso uma decisão interior.

Nesse tempo, Jesus nos convida a amadurecermos nosso coração e olharmos para trás, a fim de ver que caminhamos em busca da perfeição e conseguimos alguma conversão.

Este tempo sempre tem algo novo. Assim, vamos continuar com as mesmas características, porém podemos viver uma conversão a partir da decisão interior.

Para recomeçar a caminhada em Deus, primeiramente precisamos nos levantar diante da queda, pois o demônio age de duas formas: na fraqueza e na fragilidade; depois disso, ele continua pisando  em nós para que continuemos caídos. Por isso temos de continuar firmes em Deus.

Fale para Deus: "Senhor, que mesmo diante das dificuldades, com Sua graça, eu possa me levantar”.

E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: 'Filho, perdoados estão os teus pecados” (Marcos 2,5).

O Senhor vê o esforço que fazemos para nos encontrarmos com Ele, porque nossa alma anseia por Seu amor.

Muitas vezes, não temos fé nem trilhamos o caminho de santidade. Nesse tempo, somos jogados de um lado para o outro, mas não podemos viver assim, porque temos de amadurecer e buscar nosso Deus para que possamos permanecer firmes n'Ele.

Contudo, às vezes, perdemos a oportunidade de alicerçar nossa vida em Jesus Cristo. Ele é a medida para tudo.

Se temos uma fé adulta e madura, é porque estamos firmes na amizade com Cristo, pois o Cristianismo não é outra coisa senão um encontro com Deus, por isso precisamos colocá-Lo na nossa vida, no nosso trabalho e na nossa família. Ele é o centro de todas as coisas.


Se temos uma fé adulta e madura, é porque estamos firmes na amizade com Cristo!"

É preciso crer em Jesus, e para isso temos de ter um encontro com o Senhor, para que Ele possa resgatar nossas famílias.

Na nossa vida, muitas vezes, temos "paralisia interior", ou seja, a alma já não sente nada, estamos sem emoção, sem fé. Temos de ter a coragem, nesta Quaresma, de nos decidirmos, interiormente, para que possamos crescer e progredir no Senhor. Portanto, se buscamos Deus e estamos inundados de Seu amor, temos de ter forças para levar a Luz para nossa casa e para o mundo. Afinal, o demônio nos aprisiona nos pequenos pecados como a inveja, o palavrão. É preciso buscarmos a reconciliação e a confissão. Neste tempo de Quaresma, Jesus quer nos podar para que possamos crescer e amadurecer em Cristo e, assim, dar mais frutos.

Se, neste tempo, Jesus caminhou 40 dias no deserto, vamos trilhar o caminho junto com Ele, pois precisamos ter a coragem de ser melhor. Neste ano, façamos o propósito de melhorar no casamento e na família,. Temos que pedir forças ao Senhor para cumprir nossas metas, porque, assim, teremos coragem de levantar e sair do comodismo para que Jesus Cristo possa renovar nossa vida.

Senhor, dê-nos a graça de levantar e sair do nosso comodismo!

Emanuel Stênio


VATICANO, 14 Fev. 13 / 09:11 am (ACI/EWTN Noticias).- No dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, como todos os anos, a Conferência episcopal brasileira (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade que este ano tem como tema “Fraternidade e Juventude”. Para a ocasião, e já como uma das suas últimas mensagens como Sumo Pontífice, o Papa Bento XVI enviou uma missiva aos católicos brasileiros pelo lançamento da campanha, exortando especialmente os jovens a buscarem no Evangelho o sentido da vida e a serem “protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna”.

No contexto da próxima Jornada Mundial da juventude que se desenvolve no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 deste ano, Bento XVI também animou os jovens brasileiros “a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime”. O lema da Campanha da Fraternidade este ano é “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).

Confira na íntegra a mensagem do Papa aos católicos brasileiros:


“Queridos irmãos e irmãs,


Diante de nós se abre o caminho da Quaresma, permeado de oração, penitência e caridade, que nos prepara para vivenciar e participar mais profundamente na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No Brasil, esta preparação tem encontrado um válido apoio e estímulo na Campanha da Fraternidade, que este ano chega à sua quinquagésima realização e se reveste já das tonalidades espirituais da XXVII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho próximo: daí o seu tema “Fraternidade e Juventude”, proposto pela Conferência Episcopal Nacional com a esperança de ver multiplicada nos jovens de hoje a mesma resposta que dera a Deus o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me!”(6,8).



De bom grado associo-me a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil, enviando a todos e cada um a minha cordial saudação no Senhor, a quem confio os esforços de quantos se empenham por ajudar os jovens a tornar-se – como lhes pedi em São Paulo – “protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no Evangelho” (Discurso aos jovens brasileiros, 10/05/2007). É que os “sinais dos tempos”, na sociedade e na Igreja, surgem também através dos jovens; menosprezar estes sinais ou não os saber discernir é perder ocasiões de renovação. Se eles forem o presente, serão também o futuro. Queremos os jovens protagonistas integrados na comunidade que os acolhe, demonstrando a confiança que a Igreja deposita em cada um deles. Isto requer guias – padres, consagrados ou leigos – que permaneçam novos por dentro, mesmo que o não sejam de idade, mas capazes de fazer caminho sem impor rumos, de empatia solidária, de dar testemunho de salvação, que a fé e o seguimento de Jesus Cristo cada dia alimentam.



Por isso, convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime: “Agora que isto tocou os teus lábios, tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado” (Is 6,7). Desse encontro transformador, que desejo a cada jovem brasileiro, surge a plena disponibilidade de quem se deixa invadir por um Deus que salva: “Eis-me aqui, envia-me!’ aos meus coetâneos” - ajudando-lhes a descobrir a força e a beleza da fé no meio dos “desertos (espirituais) do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: (…) o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o é o Catecismo da Igreja Católica” (Homilia na abertura do Ano da Fé, 11/10/2012).



Que o Senhor conceda a todos a alegria de crer n’Ele, de crescer na sua amizade, de segui-Lo no caminho da vida e testemunhá-Lo em todas situações, para transmitir à geração seguinte a imensa riqueza e beleza da fé em Jesus Cristo. Com votos de uma Quaresma frutuosa na vida de cada brasileiro, especialmente das novas gerações, sob a proteção maternal deNossa Senhora Aparecida, a todos concedo uma especial Bênção Apostólica”.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Papa exorta a não se banalizar mundo dos jovens


Tags: Bento XVI, Papa, jovens, juventude

Não existe uma "cultura juvenil" unívoca, mas uma realidade muito articulada que a Igreja quer conhecer melhor, porque tem "confiança nos jovens" e "precisa de sua vitalidade".

Em síntese, esse foi o pensamento que Bento XVI expressou na manhã desta quinta-feira aos participantes da plenária do Pontifício Conselho para a Cultura, recebidos em audiência na Sala Clementina, no Vaticano. O Papa convidou-os a não olharem para o mundo juvenil com os habituais lugares comuns.

Não vivem em um "universo", que embora vasto, é decifrável. Os jovens de hoje habitam um "multiverso", ou seja, um espaço, mas também um tempo, nos quais coexiste uma "pluralidade de visões, de perspectivas e de estratégias".

Parte daí a análise do Santo Padre sobre "culturas juvenis emergentes", às quais o Cardeal Gianfranco Ravasi quis dedicar a plenária do Pontifício Conselho para a Cultura. A Igreja quer entender os aspectos positivos e negativos da dimensão "complexa e articulada" do cosmo juvenil e de suas linguagens – velocíssimas graças, sobretudo, à influência e ao rápido desenvolvimento dos meios de comunicação social, observou o Papa.

Os aspectos negativos dizem respeito às fragilidades psicoafetivas dos jovens, as suas dificuldades de inserção social, que acabam em marginalização, que acabam, aliás, quase numa "invisibilidade" em nível histórico e cultural, e, infelizmente, nos refúgios da droga, em desvios e violências.

"A esfera afetiva e emotiva, o âmbito dos sentimentos, bem como o da corporeidade, são fortemente influenciados por esse clima e pela tempérie cultural que deles deriva, expressa, por exemplo, por fenômenos aparentemente contraditórios, como a espetacularização da vida íntima e pessoal e o fechamento individualista e narcisista sobre as próprias necessidades e interesses. Também a dimensão religiosa, a experiência de fé e a pertença à Igreja são muitas vezes vividas numa perspectiva privada e emotiva."

Por outro lado, é consolador para o Pontífice constatar os "ímpetos generosos e corajosos de tantos jovens voluntários" e as "experiências de fé profunda e sincera de muitos rapazes e moças". E não se pode deixar de lado os desdobramentos vividos pelos jovens do chamado "Terceiro mundo", observou:

"Nós nos damos conta de que eles representam, com as suas culturas e com as suas necessidades, um desafio para a sociedade do consumismo globalizado, para a cultura dos privilégios consolidados, dos quais se beneficia um pequeno grupo do mundo ocidental. As culturas juvenis, consequentemente, se tornam 'emergentes' inclusive no sentido que manifestam uma necessidade profunda, um pedido de ajuda ou até mesmo uma 'provocação', que não pode ser ignorada ou subestimada, quer por parte da sociedade civil, quer por parte da Comunidade eclesial."

Consciente "das muitas situações problemáticas que dizem respeito também ao âmbito da fé e da pertença à Igreja", Bento XVI concluiu o seu discurso abraçando idealmente, com afeto e estima, os jovens do mundo inteiro:

"A Igreja confia nos jovens, espera neles e em suas energias, precisa deles e de sua vitalidade para continuar vivendo com renovado impulso a missão que Cristo lhe confiou. Portanto, faço votos prementes de que o Ano da Fé seja também para as jovens gerações uma ocasião preciosa para reencontrar e reforçar a amizade com Cristo, da qual possa brotar a alegria e o entusiasmo para transformar profundamente as culturas e as sociedades."


Controle a sua irritação!Controle a sua irritação!


"A glória do Senhor habitará em nossa terra" (Sl 84).

Este Salmo fala da vinda gloriosa de Jesus. Ele virá com poder e glória e habitará em nossa terra. Como a Palavra de Deus nos fala, nós teremos "céus novos e uma terra nova" com uma humanidade nova. Para termos uma sociedade nova, com tudo renovado, precisamos de homens e mulheres novos. É isso o que o Senhor está fazendo.

A criança, quando é fecundada, é uma "coisinha de nada", apenas a célula do pai e da mãe, mas como ali já existe vida, ela [criança] vai se transformando. Como é lindo, no exame de ultrassom, poder vê-la se formar! Essa transformação é necessária para que ela possa vir ao mundo.

Meus irmãos, é isso o que estamos vivendo nesta terra. Ela é como um grande ventre no qual o Senhor fecundou a criatura nova, o homem novo. É preciso que aconteça, cada vez mais, uma transformação em nós. É uma coisa pessoal, é você quem está se transformando, pelo Espírito Santo, em um homem novo, uma mulher nova. 
"A expressão 'pau que nasce torto, morre torto' para Deus não existe. 
Ele pode transformar tudo e todos", ensina monsenhor Jonas



"A glória do Senhor habitará em nossa terra" (Sl 84).

Este Salmo fala da vinda gloriosa de Jesus. Ele virá com poder e glória e habitará em nossa terra. Como a Palavra de Deus nos fala, nós teremos "céus novos e uma terra nova" com uma humanidade nova. Para termos uma sociedade nova, com tudo renovado, precisamos de homens e mulheres novos. É isso o que o Senhor está fazendo.

A criança, quando é fecundada, é uma "coisinha de nada", apenas a célula do pai e da mãe, mas como ali já existe vida, ela [criança] vai se transformando. Como é lindo, no exame de ultrassom, poder vê-la se formar! Essa transformação é necessária para que ela possa vir ao mundo.

Meus irmãos, é isso o que estamos vivendo nesta terra. Ela é como um grande ventre no qual o Senhor fecundou a criatura nova, o homem novo. É preciso que aconteça, cada vez mais, uma transformação em nós. É uma coisa pessoal, é você quem está se transformando, pelo Espírito Santo, em um homem novo, uma mulher nova. 
Quando nós recebemos o Espírito de Deus e ficamos cheios d'Ele, essa transformação vai acontecendo. Como Ele é amor e nós estamos sendo transformados à Sua imagem e semelhança, precisamos ser transformados no amor, porque é Ele que nos transforma. A Carta de São João nos diz que, se não amamos, permanecemos ainda na morte. Que triste quando a criança morre no ventre materno! Que tristeza para aquela mãe, para aquela criança.

O Senhor usa palavras bem fortes para mostrar a necessidade de amarmos e sermos transformados pelo amor. Para fazermos essa ruptura com o egoísmo de vivermos para nós mesmos e de buscarmos apenas os nossos interesses, precisamos fazer uma reviravolta; isso se chama conversão e esta é feita pela ação do Espírito Santo e por nós, pois precisamos responder a isso.

Deus nos pede para não nos encolerizarmos, não cultivarmos raiva nem odiarmos. Quantos de nós descontamos nas crianças a nossa raiva, a nossa impaciência? Na verdade, é o que se passa no nosso coração que descontamos nelas. Quanta porta batida por aí! O Senhor está nos falando de mudança de coração. A raiva pode surgir, pois há muitas razões para que ela surja, mas precisamos controlar a nossa irritação. O Espírito Santo, que mora dentro de nós vai nos transformar.

Eu e você precisamos de um coração novo. Jesus não está exigindo que você já tenha um coração transformado, mas que se deixe transformar; essa é a ação do Espírito Santo. É por isso que o Senhor O colocou dentro de você. Ele mora em nós como num templo, isto quer dizer que Ele permanece dentro de nós para nos transformar à imagem e semelhança de Deus, que é amor, para sermos homens novos e participantes do mundo novo.

Se nós não nos deixarmos transformar, não teremos lugar na humanidade nova. Não é questão de idade, mas de alma, de espírito e de coração. É por isso que Deus diz que precisamos ter coração de criança.

A expressão "pau que nasce torto, morre torto" para Deus não existe. Deus quer e pode transformar tudo e todos.

"Quando tu estiverdes levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta" (Mt 5,23-24).

O que o Senhor está dizendo, com palavras fortes, é que a reconciliação com o irmão é mais importante do que o sacrifício que você vai ofertar. Se erramos, temos sempre de pedir perdão e nos reconciliarmos com o próximo. O exercício do perdão amolece o coração. Muitas vezes, o nosso orgulho não nos deixa buscar e conceder o nosso perdão. É por isso que, hoje, nós precisamos dizer, pedindo do fundo do coração: "Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso". Só o Espírito Santo para fazer isso. Você precisa d'Ele para ser transformado.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova


sábado, 2 de fevereiro de 2013

DIA MUNDIAL DA VIDA CONSAGRADA


REZEMOS PELA VIDA CONSAGRADA!!!
O Papa Bento XVI vai celebrar a Santa Missa na festividade da Apresentação do Senhor e celebrando
o Dia Mundial da Vida Consagrada.

A celebração será às 17h30 (horário local), na Basílica Vaticana.O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, concelebrará com o Santo Padre.

REZEMOS NESTE DIA PELAS VOCAÇÕES IPSCJ