terça-feira, 28 de maio de 2013

Segundo o Papa, o seguimento de Cristo não deve ser motivado por interesses pessoais ou materiais


 
Nesta terça-feira, 28, em sua Missa diária celebrada na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco afirmou que o seguimento e o anúncio de Jesus não significam fazer carreira. Segundo ele, seguir Jesus não confere maior poder, porque o Seu caminho é o da Cruz.

“O caminho do Senhor é o do rebaixamento, e esta é a razão pela qual sempre há dificuldades e perseguições”, comentou. Francisco advertiu que “quando um cristão não encontra dificuldades na vida – achando que tudo está indo bem, que tudo é lindo – significa que alguma coisa está errada”.

O Papa desenvolveu sua homilia partindo do comentário que Pedro faz a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. Jesus responde que aqueles que O seguirem terão “muitas coisas boas”, mas sofrerão “perseguições”. Para Francisco, o seguimento de Jesus não deve ser motivado por interesses pessoais ou materiais.

“Quem acompanha Jesus como um ‘projeto cultural’, usa esta estrada para subir na vida, para ter mais poder. E a história da Igreja tem muito disso, começando por certos imperadores, governantes… e também alguns – não muitos, mas alguns – padres e bispos, não é? Alguns deles pensam que seguir Jesus é fazer carreira”.

O Papa lembrou que, tempos atrás, se dizia: “aquele menino quer fazer a carreira eclesiástica”; e, segundo ele, ainda hoje, muitos cristãos pensam que seguir Jesus é bom, porque se pode fazer carreira. “O cristão, porém, segue Jesus por amor”, afirmou o Pontífice.

Francisco explica que outra tendência do espírito ‘mundano’ é a de não tolerar o testemunho:

“Pensem em Madre Teresa: dizem que era uma bela mulher, que fez muito pelos outros, mas o espírito ‘mundano’ nunca disse que a Beata Teresa, todos os dias, por horas, fazia adoração… Costuma-se reduzir a atividade cristã ao bem social, como se a existência cristã fosse um verniz, uma pátina de Cristianismo. O anúncio não é uma pátina: vai aos ossos, ao coração, dentro de nós e nos transforma. Isso o espírito ‘mundano’ não tolera e aí acontecem as perseguições”.

Terminando, o Papa pediu à Igreja a graça de seguir Jesus no caminho que Ele ensinou, mesmo que o espírito ‘mundano’ a faça sofrer. “O Senhor nunca nos deixa sozinhos”, disse.

Líder cristão denuncia o "reino do terror" dos muçulmanos contra cristãos na África





ROMA, 28 Mai. 13 / 09:35 am (ACI/EWTN Noticias).- Os cristãos na República Centro-africana são vítimas de diversas agressões, como saques, execuções, abusos e torturas, por parte de militantes islâmicos, o que se estabeleceu como "um reino do terror" desde março, em que os rebeldes Seleka tomaram controle do país.

 
Conforme informou a agência vaticana Fides, que recolheu a denúncia de um pastor de uma igreja local, nos últimos meses se realizaram assassinatos de cristãos, enquanto que os rebeldes procuram sacerdotes e trabalhadores cristãos para golpeá-los e obrigá-los a entregar dinheiro ou suas vidas.

Além disso, os lugares de culto e propriedades privadas dos cristãos são atacados e saqueados.

A violência obrigou que os cristãos abandonem suas casas e se refugiem no campo, o que soma mais de 200 mil deslocados e 49 mil refugiados em países vizinhos.

Os líderes cristãos locais denunciaram que a crise no país é ignorada pelos meios de comunicação e a população predominantemente cristã se sente abandonada pela comunidade internacional.

Margaret Vogt, enviada da ONU à República Centro-africana, insistiu na semana passada ao Conselho de Segurança a analisar a possibilidade de um desdobramento de forças de segurança para "conter o estado atual de anarquia" no país, e pediu que se imponham sanções contra os rebeldes acusados.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Festa de Maria Auxiliadora: O Papa anima a suportar com paciência as dificuldades e vencê-las com o amor

VATICANO, 24 Mai. 13 / 01:53 pm (ACI/EWTN Noticias).- No dia em que a Igreja celebra Maria Auxiliadora, o Papa Francisco animou todos os fiéis a suportar com paciência as dificuldades e vencê-las com o amor e rezando pelos inimigos. Também exortou rezar pelos católicos da China.
 
O Papa disse em sua homilia da Missa que celebrou nesta manhã na Casa Santa Marta que "suportar com paciência não é fácil! Não é fácil, diante das dificuldades de fora ou daqueles problemas que provêm do coração, da alma, ou do nosso interior".
"Suportar é tomar a dificuldade e tomá-la sobre si, com força, para que as dificuldades não nos deixem cair. Levar com força é uma virtude cristã. São Paulo fala dela em várias ocasiões. Isto significa não deixar-se vencer pelas dificuldades. Isto quer dizer também que o cristão tem a força de não deixar os braços caírem. Não é fácil porque pode vir o desalento e podemos querer abaixar os braços e dizer: ‘bom, sigamos adiante e façamos o que possamos e nada mais’. Mas não, suportar é uma graça, devemos pedi-la nas dificuldades".
Sobre a graça de "vencer com o amor", o Papa disse que "se pode vencer de muitas maneiras, mas a graça que pedimos hoje é a graça da vitória com o amor, por meio do amor e isto não é fácil. Quando temos inimigos fora que nos fazem sofrer muito: não é fácil vencer com o amor".
"Pode vir a ideia de nos vingar, de fazer algo contra eles... O amor, aquela suavidade que Jesus nos ensinou é a vitória. O Apóstolo João nos diz, na primeira Carta: ‘esta é a nossa vitória, a nossa fé’. Nossa fé é este acreditar em Jesus que nos ensinou o amor e nos ensinou a amar a todos. A prova de que estamos no amor é quando rezamos pelos nossos inimigos".
O Papa alentou que "peçamos à Virgem que nos dê esta graça de suportar com paciência e vencer com amor. Quantas pessoas -tantos idosos e idosas- percorreram este caminho! E é belo vê-los: têm um olhar belo, uma felicidade serena. Não falam muito mas têm um coração paciente e cheio de amor. Sabem o que é perdoar os inimigos, sabem o que é rezar por eles".
Nas preces o Santo Padre elevou suas orações "pelo nobre povo chinês: que o Senhor o abençoe e a Virgem o proteja". A Missa encerrou com um canto Mariano em chinês.

Padre Paulo Ricardo explica a influência da novela na sociedade




 
 
constante transformação e evolução, mas muitas destas mudanças não trazem benefícios para nós cristãos, porque os valores éticos estão sendo distorcidos. Um exemplo clássico, presente nos lares brasileiros, são as novelas que, atualmente, vem construindo uma ideologia de antivalores.

Enquanto a Igreja procura evangelizar as pessoas para que possam viver uma vida segundo os ensinamentos deixados por Jesus Cristo, a maioria das novelas tem o papel de deturpar os valores cristãos como a instituição da família.

Para refletir sobre a influência das novelas e a descaracterização dos valores, convidamos padre Paulo Ricardo para participar do podcast da redação.

Ouça, na íntegra, a entrevista com padre Paulo Ricardo.

Segundo o sacerdote, existem estudos como o da pesquisa do ‘Banco Interamericano de desenvolvimento’ , os quais comprovam que as novelas, realmente, podem gerar nas pessoas essas mudanças de comportamento.

“Sem dúvida alguma, isso é uma realidade que já está comprovada inclusive com estudos. Existe um estudo profundo que mostra como as novelas da Globo, durante as década de 70 e 80, alteraram o comportamento das famílias. Um estudo comprovado cientificamente pode medir exatamente a diferença de comportamento entre as pessoas, podendo ser comparado com o sinal da TV Globo, pois, naquela época, as novelas eram as que mais dominavam e o sinal não era forte em todos os lugares do país. Onde o sinal era fraco, o comportamento foi menos alterado, mas onde o sinal era mais forte, o comportamento alterou-se mais”, citou padre Paulo.

Outro ponto abordado durante a entrevista é o fato de que, hoje, as crianças e os adolescentes acompanham novelas e seriados que mostram uma realidade distorcida de família e relacionamentos. O sacerdote alerta que quanto mais cedo as crianças forem expostas a esses valores não cristãos, provavelmente, se tornarão jovens e adultos influenciados por esse ambiente apresentado pelas novelas.

“A realidade das crianças é diferente da dos adultos, porque este tipo de programação tem em vista mudar o comportamento do adulto. Já para as crianças, o objetivo é moldar o comportamento delas desde cedo. A própria forma como aquela criança vai crescendo e vendo o mundo já é distorcido por essa nova realidade e esses desvalores que estão destruindo as famílias”, destacou o sacerdote.

Diante de toda realidade apresentada pelas novelas e programas de entretenimento, é preciso que nós, como cristãos, não percamos a essência do que é seguir as doutrinas da Igreja e não nos deixarmos ser influenciados pela mídia.

“Não tenham medo de ser família. Sejam família, gastem-se para seus filhos, educando-os para tê-los consigo o quanto mais vocês puderem. Quem educa o filho não é o videogame, a novela, o joguinho e nada disso, mas o convívio harmonioso com os pais”, disse padre Paulo.

 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

É o Espírito Santo quem nos faz reconhecer a Verdade, afirma Papa Catequese

“A Verdade é  um encontro com uma Pessoa”, explica Papa Francis


“O Espírito Santo, então, como Jesus promete, nos guia ‘a toda a verdade’”, destaca Papa
Na Catequese desta quarta-feira, 15, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco falou sobre a ação do Espírito Santo na condução da Igreja e de cada pessoa rumo à Verdade.
O Santo Padre destacou que vivemos em uma época de muito ceticismo em relação à verdade, como afirmou, muitas vezes, o Papa emérito Bento XVI sobre o relativismo.

Existe realmente a verdade? Podemos conhecê-la? Questionou o Papa. E recordou a ocasião na qual Pôncio Pilatos questiona a Jesus sobre o que é a verdade (cf. Jo 18,37-38). Francisco explica que “Pilatos não consegue entender que a Verdade está diante dele, não consegue ver em Jesus a face da verdade, que é o rosto de Deus”.
De fato, explicou o Santo Padre, a verdade não se “agarra” como uma coisa, mas se encontra.  É um encontro com uma Pessoa. “E Jesus é a Verdade que, na plenitude dos tempos, “se fez carne” (Jo 1,1.14), veio a nós para que nós a conhecêssemos”.
Entretanto, destacou o Papa, é o Espírito Santo quem nos faz reconhecer a Verdade. “Jesus assegura aos discípulos que o Espírito Santo os ensinará todas as coisas , recordando-os de suas palavras (cf. Jo 14,26)”.
E complementou, “o Espírito Santo, então, como Jesus promete, nos guia “a toda a verdade” (Jo 16:13) nos leva não somente a encontrar Jesus, a plenitude da Verdade, mas também nos guia para ‘dentro’ da verdade” e afirmou: “Se Deus não nos ilumina interiormente, o nosso ser cristão será superficial”.
Por fim, Francisco convidou a todos a se questionarem se, neste Ano da Fé, realmente temos dado algum passo para conhecer mais a Cristo e as verdades da fé.
E indicou uma oração para ser rezada todos os dias:
“Espírito Santo faça com que meu coração seja aberto à Palavra de Deus, que meu coração esteja aberto ao bem, que o meu coração esteja aberto à beleza de Deus todos os dias”.

Desembargador comenta decisão do CNJ sobre uniões homossexuais


Segundo desembargador Roberval Belinati, a resolução ainda deve causar polêmica
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira, 14, que os cartórios de todo o País terão que realizar casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Assim que for publicada no Diário de Justiça, a nova regra entrará em vigor.

De acordo com o Desembargador Roberval Belinati, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, a grande implicação dessa decisão é o fato de obrigar os cartórios a realizarem o casamento civil entre homossexuais, pois até pouco tempo, alguns estavam se recusando a celebrá-lo alegando que não havia no país uma lei federal que a ordenasse. A resolução, agora, estabelece que o cartório que não obedecer à decisão poderá ser punido.

Ainda segundo Belinati, essa obrigatoriedade deve causar polêmica pois a resolução não é lei, mas um ato normativo, que precisa estar subordinada à uma lei. "Essa resolução do CNJ antecipou a lei que o Congresso Nacional está estudando", explicou.

Para o pós-doutor em Teologia Moral e Família e professor da PUC-PR, padre Rafael Solano Duran, a união civil entre pessoas do mesmo sexo não pode ser considerada "casamento", pelo sentido que essa palavra traz em si. Seria como "desvirtuar algo que foi dado pelo próprio Criador".


"Deus criou o homem e a mulher, à sua imagem e semelhança, os abençoou e os mandou povoar a Terra. (cf. Gn 1, 27-28) A união de um homem com uma mulher gera uma nova experiência-sinal do amor de Deus no mundo, e essa experiência chama-se matrimônio, casamento", explicou padre Rafael.

Sobre esse trecho da Bíblia, o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, Dom João Carlos Petrini, recordou que o beato João Paulo II costumava falar que "devemos compreender quais são as razões e as consequências dessa decisão do Criador de sempre querer que o ser humano aparecesse como homem e mulher, porque já no corpo, na constituição física, o ser humano é destinado ao outro, à viver para a pessoa do sexo oposto, para constituir uma família, baseada no matrimônio".

Isso não quer dizer que a Igreja rejeite os homossexuais ou os esteja "atacando", ressalta padre Rafael. "Absolutamente não. Pelo contrário, existe um profundo respeito e um acompanhamento, fraterno e maternal".

Porém, a Igreja Católica obedece à ordem da lei natural, segue o princípio dado por Deus, e orienta às pessoas que se declaram homossexuais a viver a castidade.

De acordo com Dom Petrini, é verdade que, hoje em dia, se pode viver o afeto humano e até gerar um filho de muitas maneiras, "mas a forma que mais corresponde ao desejo de felicidade que existe no coração do ser humano, aquela que mais constitui um caminho de realização humana, é a família, conforme o desígnio de Deus - constituído por um homem e uma mulher, aberta para gerar filhos e educá-los, e fundada no matrimônio como sacramento. Porque ali, naquela convivência familiar é o próprio Jesus Cristo que se torna presente". 

Que os bispos e sacerdotes sejam pastores e não lobos, exorta o Papa



VATICANO, 15 Mai. 13 / 02:58 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco fez um especial pedido de oração a todos para que os sacerdotes e os bispos não cedam às tentações da riqueza e da vaidade, e não terminem convertendo-se assim em lobos em vez de ser os pastores que os fiéis necessitam.

Em sua homilia da Missa que presidiu nesta manhã na Casa Santa Marta, o Papa comentou uma passagem dos Atos dos Apóstolos na que São Paulo exorta os "anciãos" da Igreja de Éfeso a cuidar de si mesmos e do rebanho, a serem pastores atentos aos "lobos cruéis".

É uma das "mais belas páginas do Novo Testamento" – disse Francisco – "cheia de ternura e de amor pastoral", em que se destaca "a bela relação do bispo com seu povo". E explica que os bispos e os sacerdotes estão a serviço dos outros, para custodiar, edificar e defender o povo. É, disse o Papa, "uma relação de proteção, de amor entre Deus e o pastor e entre o pastor e o povo":

"Ao final das contas um bispo não é bispo para si mesmo, é para o povo; e um sacerdote não é sacerdote para si mesmo, é para o povo: está a serviço do povo, para fazer crescer, para pastorear o povo, o próprio rebanho. Para defendê-lo dos lobos".

"É belo pensar isto! Quando neste caminho o bispo faz isto é uma bela relação com o povo, como o bispo Paulo fez com seu povo. E quando o sacerdote tem esta bela relação com o povo, dá-nos um amor: há amor entre eles, um verdadeiro amor, e a Igreja se torna unida".
A relação do bispo e do sacerdote com o povo, prosseguiu o Papa, é uma relação "existencial, sacramental". E acrescentou: "Nós temos necessidade de suas orações, porque também o bispo e o sacerdote podem ser tentados". Os bispos e os sacerdotes devem rezar muito, anunciar Jesus Cristo Ressuscitado e "pregar com valor a mensagem da salvação". "Mas também nós somos homens e somos pecadores e somos tentados".

Sobre essas tentações, o Papa disse que "Santo Agostinho, comentando o profeta Ezequiel, fala de duas: a riqueza, que pode chegar a converter-se em avareza; e a vaidade. E diz: ‘Quando o bispo, o sacerdote, aproveita-se das ovelhas para si mesmo, o movimento muda: não é o sacerdote, o bispo para o povo, mas o sacerdote e o bispo que tira do povo. Santo Agostinho diz: ‘Toma a carne para comer-se à ovelha, aproveita-se; faz negócios e está apegado ao dinheiro; torna-se avaro e também muitas vezes simoníaco. Ou se aproveita da lã por vaidade, para elogiar-se".

Deste modo, disse o Papa, "quando um sacerdote, um bispo vai atrás do dinheiro, o povo não o ama, e isto é um sinal. Mas ele mesmo termina mal". São Paulo recorda que trabalhou com suas mãos, "não tinha uma conta no banco, trabalhava. E quando um bispo, um sacerdote vai pelo caminho da vaidade, entra no afã de fazer carreira –e faz tanto mal à Igreja– ao final faz o ridículo, vangloria-se, gosta de fazer-se ver todo-poderoso… E o povo não ama isto!".

O Papa pediu rezar pelos pastores "para que sejamos pobres, para que sejamos humildes, mansos, ao serviço do povo". E, por último, sugeriu que se leia o capítulo 20, versículos 28 ao 30 dos Atos dos Apóstolos, onde Paulo diz: "Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. Eu sei, depois que eu for embora, aparecerão entre vós lobos ferozes, que não pouparão o rebanho. Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas que arrastarão discípulos atrás de si".

"Leiam esta bela página e lendo-a, rezem, rezem por nós os bispos e pelos sacerdotes", disse Francisco.

Para concluir o Santo Padre disse que "nós temos tanta necessidade de permanecer fiéis, para sermos homens que vigiam sobre o rebanho e também sobre nós mesmos, para que nosso coração esteja sempre dirigido para o seu rebanho. E também para que o Senhor nos defenda das tentações, porque se nós formos pelos caminhos das riquezas, se formos pelo caminho da vaidade, convertemo-nos em lobos e não em pastores. Rezem por isso, leiam isto e rezem. Assim seja".

sábado, 11 de maio de 2013


“CONCEBERÁS E TERÁS UM FILHO.” E ELAS DISSERAM “SIM!”

“Conceberás e darás à luz um filho…”

Começamos este artigo com uma pergunta: Existe coisa melhor no mundo do que o amor de mãe?

Para muitos não existe nada igual. Nem todo petróleo do mundo compraria o carinho, a ternura, a comida, o colo, o olhar, o cheiro, a lembrança e o amor de uma mãe. No entanto, para outros este amor é um mito, uma construção social.
Por volta dos anos 60 e 70, teve iníciou, na Europa e no continente norte-americano, uma onda de desconstrução da maternidade disseminada pelo feminismo radical. Segundo pensadoras como Simone Beauvoir e Betty Friedan, consideradas as mães – que ironia – deste feminismo, a maternidade, o cuidado com o lar, com os filhos e maridos são verdadeiras “ameaças” para a identidade da mulher.
 
Emmir Nogueira:"ser mãe é um profundo dom de si!
Aos poucos, essa mentalidade foi tomando espaço não só na cultura, mas, principalmente, na mentalidade das mulheres. Nasceram os métodos contraceptivos, caiu a taxa da natalidade e cresceram os números de abortos; em muitos lugares, inclusive, com o apoio e a legislação do Estado. Resultado: o ser mãe se transformou – para muitas mulheres – numa “ameaça” à liberdade e identidade delas.

No entanto, começamos a perceber, no mundo, os tristes frutos desse pensamento. A Europa já começa a receber o título de ‘continente de velhos’. Sem mão de obra jovem para produzir, os Governos não conseguem arcar com as despesas da Previdência Social, ou seja, não existem jovens para pagar a aposentadoria dos velhos.
Mas, vem cá: toda mulher precisa ser mãe? O futuro da humanidade passa por esta vocação?
“João Paulo II, na carta Mulieres Dignitatem, vai dizer que a mulher tem como vocação a maternidade, física ou espiritual, ou seja, a mulher foi feita para amar, para dar a vida”, diz a cofundadora e formadora geral da Comunidade Shalom, Emmir Nogueira.

“Se a sociedade começar a enxergar a maternidade como um peso, nós vamos estar condenadas ao egoísmo.”
Segundo Emmir, a maternidade foi se tornando, na mentalidade contemporânea, um peso. “Se a sociedade começar a enxergar a maternidade como um peso, nós estaremos condenadas ao egoísmo, à prisão do fechamento e do não amor”, diz a missionária.
“Ser mãe é um profundíssimo dom de si (mulher). Na maternidade, a mulher vai se doar, pelo resto da vida, ao cuidado, à preocupação da educação e formação”, conclui Emmir.
Segundo João Paulo II, “a maternidade comporta uma comunhão especial com o mistério da vida que amadurece no seio da mulher; a mãe admira este mistério e, com intuição singular, ‘compreende’ o que vai se formando dentro dela”.
Essa maternidade, essência da identidade feminina, não está encerrada num “determinismo biológico” como se a mulher servisse apenas para “dar à luz” – muitos, inclusive e erroneamente, dizem que este é o pensamento da Igreja a respeito da mulher –, mas, antes de tudo, a sua capacidade de gerar vida, biológica e espiritual, por meio do amor.

Para a igreja,na vida consagrada,a mulher realiza a sua maternidade espiritual
Quantos testemunhos de mulheres realizadas profundamente pela adoção de uma criança! Mães que não geram a vida no seu ventre, mas já a possuem, por natureza, no coração. Aqui fica um maravilhoso testemunho de que mãe não é apenas quem gera a vida biológica, mas quem cuida, educa e ama.
Uma outra forma deste dom materno se manifestar no mundo é o que João Paulo II chamou de “maternidade segundo o espírito”, ou seja, a virgindade consagrada. O próprio Pontífice disse que “a maternidade espiritual reveste-se de múltiplas formas. Na vida das mulheres consagradas que vivem, por exemplo, segundo o carisma e as regras dos diversos institutos de caráter apostólico, ela poderá exprimir-se como solicitude pelos homens, especialmente pelos mais necessitados: os doentes, os deficientes físicos, os abandonados, os órfãos, os idosos, as crianças, a juventude, os encarcerados, e, em geral, os marginalizados. Uma mulher consagrada reencontra, desse modo, o Esposo”.

Concluímos que qualquer tentativa de eliminar a maternidade e o amor materno na mulher seria um desastre não só para o sexo feminino, mas, antes de tudo, para a humanidade. Se o amor materno é um mito, a mulher também o é, pois sua vocação, missão e realização, ou seja, todo o seu ser, está em doar-se ao mundo num belo, fecundo e genuíno amor de mãe.
“…e Maria disse: ‘Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra”


Histórico encontro: O Papa recebe o líder da Igreja Copta Ortodoxa do Egito





VATICANO, 10 Mai. 13 / 03:11 pm (ACI/EWTN Noticias).- A visita do Patriarca Tawadros II, líder da Igreja Copta Ortodoxa do Egito, "fortalece os laços de amizade e fraternidade que já unem a Sé de Pedro e a Sé de Marcos, herdeira de um legado inestimável de mártires, teólogos, santos, monges e discípulos fiéis de Cristo, que por gerações testemunharam o Evangelho, muitas vezes em situações de grandes dificuldades", disse o Papa Francisco ao recebê-lo nesta manhã no Vaticano.

O Pontífice recordou o memorável encontro que aconteceu há quarenta anos entre os predecessores de ambos, o Papa Paulo VI e o Papa Shenouda III, que os uniu "em um abraço de paz e fraternidade depois de séculos de recíproca distância".

A Declaração Comum assinada então pelos dois Papas representou "um marco no caminho ecumênico" e graças a ela se instituiu uma comissão de diálogo teológico entre ambas as Igrejas, que deu bons resultados e preparou o terreno para o diálogo mais amplo entre a Igreja Católica e toda a família das Igrejas ortodoxas orientais, que continua até nossos dias.

O Papa Francisco disse que "nessa declaração solene, nossas Igrejas professaram, em consonância com a tradição apostólica ‘uma única fé em Deus uno e trino’ e a ‘divindade do único Filho encarnado de Deus [...] Deus perfeito em relação à Sua divindade e perfeito homem em relação à Sua humanidade’. Reconheceram que a vida divina nos é dada e alimentada através dos sete sacramentos e se sentiram ligadas à veneração comum à Mãe de Deus".

O Santo Padre manifestou sua alegria porque uma e outra Igreja se reconhecem "unidas pelo único batismo, do qual é expressão especial a nossaoração comum, que anseia pelo dia em que, cumprido o desejo do Senhor, poderemos comungar em um único cálice".

"Conscientes de que o caminho pela frente possa ainda ser longo, mas não queremos esquecer a longa estrada já percorrida, que resultou em momentos brilhantes de comunhão, entre os quais eu gostaria de lembrar a reunião em fevereiro de 2000, no Cairo, entre o Papa Shenouda III e o Beato João Paulo II, peregrino, durante o Grande Jubileu, nos locais de origem da nossa fé. Estou convencido de que, com a orientação do Espírito Santo, a nossa oração perseverante, o nosso diálogo e a vontade de construir dia-a-dia a comunhão no amor mútuo nos permitirão trazer novos e importantes passos rumo à plena unidade".

O Papa agradeceu também ao Patriarca sua atenção com a Igreja Copta Católica que se traduziu, entre outras coisas na instituição de um "Conselho Nacional das Igrejas Cristãs", "sinal importante da vontade de todos os que crêem em Cristo para desenvolver na vida cotidiana relações sempre mais fraternas e estar a serviço de toda a sociedade egípcia, da qual é parte integrante".

"Saiba, Sua Santidade, que seu esforço em favor da comunhão entre os credentes em Cristo, assim como Seu interesse vigilante pelo bem de seu país e pelo papel das comunidades cristãs na sociedade egípcia, encontram um eco profundo no coração do Sucessor de Pedro e toda a comunidade católica".

"Se um membro sofre, todos sofrem juntos, e se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele".

Francisco disse logo que "é uma lei da vida cristã e, nesse sentido, podemos dizer que existe também um ecumenismo do sofrimento: como o sangue dos mártires foi semente de força e fertilidade para a Igreja, assim a partilha do sofrimento diário pode tornar-se um instrumento eficaz de unidade".

"Isso é verdade, de certa forma, também no contexto mais amplo da sociedade e na relação entre cristãos e não-cristãos: do sofrimento comum, pode de fato germinar, com a ajuda de Deus, perdão, reconciliação e paz", concluiu o Pontífice invocando a proteção comum de São Pedro apóstolo e São Marcos Evangelista.