quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Formação | O que é a Biblía?


A Bíblia foi escrita por orientais que têm uma mentalidade bem diferente da greco-romana, da qual nós descendemos. Diversos foram os seus escritores, que viveram entre os anos 1200 a.C. a 100 d.C. Isso, sem contar que foi escrita em línguas hoje inexistentes ou totalmente modificadas, como o hebraico, o grego, o aramaico, fato este que dificulta enormemente uma tradução, pois muitas vezes não se encontram palavras adequadas.Outra razão para se considerar a Bíblia um livro difícil é que ela foi escrita por muitas pessoas, ás vezes até desconhecidas e em situações concretas as mais diversas. Por isso, para bem entendê-la é necessário colocar-se dentro das situações vividas pelo escritor, o que é de todo impraticável. Quando muito, consegue-se uma aproximação metodológica deste entendimento.

Além do mais, a Bíblia é um livro inspirado e é muito importante saber entender esta inspiração, para haurir com proveito a mensagem subjacente em suas palavras. Dizer que a Bíblia é inspirada não quer dizer que o escritor sagrado (ou hagiógrafo) foi um mero instrumento nas mãos de Deus, recebendo mensagens ao modo psicográfico. É necessário entender o significado mais próprio da ‘inspiração’ bíblica, assunto que será abordado na continuação.
Entre os católicos, o interesse por conhecer a Bíblia praticamente começou após o Concílio Vaticano II, ou seja, a partir dos anos ’60. (…) Uma interpretação ao “pé da letra” não revela o sentido mais adequado de todas as palavras.
Para que não aconteça conosco incidir neste equívoco, devemos aprender a nos colocar na situação histórica de cada escritor em cada livro, conhecer a situação social concreta da sociedade em que ele viveu, procurar entender o que aquilo significou no seu tempo e só então tentar aplicar a sua mensagem ás nossas circunstâncias atuais.
1. O que é a Bíblia?
Definição do Concilio Vaticano II:
“A Bíblia é o conjunto de livros que, tendo sido escritos sob a inspiração do Espirito Santo, têm Deus como autor, e como tais foram entregues à Igreja”.
TESTAMENTO (novo ou antigo): é a tradução da palavra hebraica “berite” que significa a aliança de Deus com o povo por Moisés. Na tradução dos 70 a palavra “berite” foi traduzida por “diatheke”, que em grego quer dizer aliança, contrato, testamento.
OBS: A ‘tradução dos 70′ é uma das versões mais antigas da Bíblia. Segundo a tradição, este trabalho teria sido realizado por 70 sábios da antiguidade.
2. Quais as partes que compõem a Bíblia?
A Bíblia se divide em duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo refere-se ao período anterior a Jesus Cristo e o Novo se refere ao período cristão. Cada uma destas partes se compõe de diversos ‘livros’, escritos em épocas históricas diferentes. A seguir, a relação dos livros com uma breve referência ao conteúdo deles.
LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO
Pentateuco (cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levitico, Números, Deuteronômio)

Josué (narra a entrada do povo de Deus na Palestina)
Juizes (narra a conquista da Palestina)
I e II de Samuel (relatos da época de Saul e Davi, continuação da conquista)
I e II dos Reis (relatos sobre Salomão e seus sucessores)
I e II das Crônicas (continuação dos relatos sobre os outros Reis)
I e II dos Macabeus (continuação do período dos Reis)
Livro de Rute (faz alusão ao universalismo. Noemi era pagã e se inseriu no povo de Deus).
Livro de Tobias, Livro de Judite, Livro de Ester (pertencem ao gênero de contos. São livros do tempo do exílio, quando se apresentavam exemplos de abnegação ao povo oprimido, convidando-os a suportar o sofrimento).
Livro de Isaías (cap.l a 39 são do próprio escritor; cap. 40 a 55 são de discípulos; cap.56 a 66 são de outros escritores posteriores)
Livro de Jeremias (ditado por este a Baruc, seu secretário)
Livro de Ezequiel (um dos profetas maiores)
Livro de Daniel (tem um conteúdo apocalíptico )
Livro de Jó (do gênero conto, procura demonstrar que não só os bons são felizes. Tem por objetivo combater uma idéia comum de que só os ricos eram os abençoados por Deus).
Livros Sapienciais (Eclesiastes ou Qohelet; Eclesiástico ou Siráside; Provérbios, Sabedoria e Cântico dos Cânticos). São reflexões de cunho acentuadamente humanístico, aproveitamento do saber oriental.
Livro dos Salmos (coleção de cantos litúrgicos).
Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias (chamados menores não com relação à sua importância, mas ao tamanho de seus escritos).
LIVROS DO NOVO TESTAMENTO

Evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas – têm muitas semelhanças entre si ).

Evangelho de João (maior desenvolvimento teórico, influência filosófica de época)
Atos dos Apóstolos (narram a missão dos apóstolos após a Ressurreição de Cristo)
Epístolas de Paulo (historicamente, os primeiros escritos do NT)
Epístolas Católicas (Pedro, Tiago, Judas): dirigidas a todos os fiéis,por isso, universais.
Apocalipse (escrito por João, na base de códigos, símbolos). 



O Papa: A Igreja é Mãe e oferece o perdão de Deus também aos que estão no abismo



VATICANO, 18 Set. 13 / 12:25 pm (ACI/EWTN Noticias).- A Igreja como mãe, foi novamente o tema que o Papa Francisco escolheu para a catequese da audiência geral das quartas-feiras. O Santo Padre explicou que a Igreja oferece o perdão de Deus a todos, inclusive aos que caíram no abismo.
Na audiência celebrada nesta manhã ante uma multidão de peregrinos em uma ensolarada Praça de São Pedro, o Papa disse que a Igreja como mãe "é uma imagem que eu gosto muito porque nos diz não somente como é a Igreja, mas também qual rosto deveria ter sempre mais a Igreja, esta nossa mãe Igreja".

Para explicar essa imagem, o Papa partiu do que uma mãe faz por seus filhos. Em primeiro lugar "ensina a caminhar na vida, ensina a seguir bem na vida, sabe como orientar os filhos, procura sempre indicar o caminho certo na vida para crescerem e tornarem-se adultos. E o faz com ternura, com afeto, com amor, sempre também quando procura endireitar o nosso caminho porque nos dispersamos um pouco na vida ou tomamos caminhos que levam a um abismo".

"A Igreja faz a mesma coisa: orienta a nossa vida, dá-nos os ensinamentos para caminhar bem. Pensemos nos dez Mandamentos: indicam-nos um caminho a percorrer para amadurecer, para ter pontos firmes no nosso modo de nos comportarmos. E são frutos da ternura, do amor próprio de Deus que os doou a nós. Vocês poderiam me dizer: mas são mandamentos! São um conjunto de "não"! Eu gostaria de convidar vocês a lê-los – talvez vocês tenham se esquecido um pouco deles – e então pensá-los de modo positivo".

"Vejam que se referem ao nosso modo de nos comportarmos com Deus, com nós mesmos e com os outros, propriamente aquilo que nos ensina uma mãe para viver bem. Convidam-nos a não fazermos ídolos materiais que depois nos tornam escravos, a recordar-nos de Deus, a ter respeito pelos pais, a sermos honestos, a respeitar o outro…".
"Tentem vê-los assim e considerá-los como se fossem as palavras, os ensinamentos que a mãe dá para seguir bem na vida. Uma mãe não ensina nunca aquilo que é mal, quer somente o bem dos filhos, e assim faz a Igreja".

Em segundo lugar, "quando um filho cresce, torna-se adulto, toma o seu caminho, assume as suas responsabilidades, caminha com as próprias pernas, faz aquilo que quer e, às vezes, acontece também de sair do caminho, acontece qualquer acidente. A mãe sempre, em toda situação, tem a paciência de continuar a acompanhar os filhos. Aquilo que a impulsiona é a força do amor; uma mãe saber seguir com discrição, com ternura o caminho dos filhos e mesmo quando erram encontra sempre o modo para compreender, para ser próxima, para ajudar. Na minha terra dizemos que uma mãe sabe ‘dar a cara’ por seus filhos, quer dizer, está disposta a defendê-los sempre".

"A Igreja é assim, uma mãe misericordiosa, que entende, que procura sempre ajudar, encorajar também diante dos seus filhos que erraram e que erram, não fecha nunca as portas da Casa; não julga, mas oferece o perdão de Deus, oferece o seu amor que convida a retomar o caminho mesmo para aqueles filhos que caíram em um abismo profundo, a Igreja não tem medo de entrar na noite deles para dar esperança; a Igreja não tem medo de entrar na nossa noite quando estamos na escuridão da alma e da consciência, para dar-nos esperança! Porque a Igreja é mãe!"

Por último, "uma mãe sabe também pedir, bater a toda porta pelos próprios filhos, sem calcular, o faz com amor. E penso em como as mães sabem bater também e, sobretudo, na porta do coração de Deus!".

"As mães rezam tanto pelos próprios filhos, especialmente por aqueles mais frágeis, por aqueles que têm mais necessidade, por aqueles que na vida tomaram caminhos perigosos ou errados...".
"E assim faz também a Igreja: coloca nas mãos do Senhor, com a oração, todas as situações dos seus filhos. Confiemos na força da oração da Mãe Igreja: o Senhor não permanece insensível. Sabe sempre nos surpreender quando não esperamos. A Mãe Igreja o sabe!".

"Estes eram os pensamentos que queria dizer para vocês hoje: vejamos na Igreja uma boa mãe que nos indica o caminho a percorrer na vida, que sabe ser sempre paciente, misericordiosa, compreensiva e que sabe colocar-nos nas mãos de Deus".


terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Papa convoca dia de jejum e oração pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo

Dia 7 de setembro

.- O Papa Francisco anunciou hoje, em suas palavras prévias à oração do Ângelus, a convocatória a toda a Igreja para um dia de jejum e oração pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro.
"Irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro", disse.
"Convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade".
"No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h até as 24h, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo".
O Papa exclamou que "a humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz!".
"Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção".

Fonte: (ACI notícias)





"Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra!", clama o Papa Francisco no Twitter

ROMA, 03 Set. 13 / 10:57

 O Papa Francisco se pronunciou energicamente contra a possibilidade de um ataque contra a Síria por parte dos Estados Unidos. Em seus últimos comentários publicados na segunda-feira 2 de setembro em seu perfil do Twitter @Pontifex_pt escreveu: "Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra!".
"Queremos um mundo de paz; queremos ser homens e mulheres de paz!", acrescentou poucas horas depois. Estas duas mensagens se juntam a um amplo chamado ao diálogo e à paz que há várias semanas repetiu o Pontífice através de seus discursos e das redes sociais, e ao que também apelou durante a oração do Ângelus neste último domingo.
Em relação a este chamado, o secretário do Pontifício Conselho de Justiça e Paz, Dom Mario Tusso, assinalou na segunda-feira em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano, que o Papa Francisco "se fez intérprete de um grito que sai de todas as partes, do coração de todos, da única grande família que é a humanidade".
"Trata-se de uma sacudida universal da consciência das pessoas. Por um lado, a sociedade civil e suas organizações insistem que seus representantes deixem definitivamente o conflito armado, não mais guerra, e por outro lado chamam a trabalhar com convicção e intensamente pela paz".
O Papa Francisco "continua a missão de Jesus Cristo, o príncipe da paz, que caminha com a humanidade e semeia nas consciências empurrando-as para frente para seu cumprimento em plenitude", acrescentou.
Enquanto isso, o Papa Francisco convocou para o próximo dia 7 de setembro, véspera da festa da Natividade de Maria, celebrar um dia de jejum e oração para pedir a paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro, e convidou todos os cristãos, os pertencentes a outras religiões, e homens de boa vontade a somar-se a esta petição.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na semana passada que atacaria a Síria a modo de reprimenda ao regime de Bashar Al-Assad, pelo uso de armas químicas contra a população civil, porém, o ataque foi adiado para a próxima semana, já que Obama, fez pública sua decisão de consultar o Congresso sobre a intervenção armada e este só retorna das férias no dia 9 de setembro. Seu veredicto vai determinar se ocorrerá ou não o ataque.
Por sua parte a ONU, pronunciou-se a favor da intervenção armada na Síria caso os resultados das provas feitas pelos seus peritos, que estiveram investigando o país durante 12 dias, confirmem que o regime de Assad foi o autor do uso de armas químicas.

Fonte: ACI digital