VATICANO, 18 Set. 13 / 12:25 pm (ACI/EWTN Noticias).- A Igreja como mãe, foi novamente o tema que o Papa Francisco escolheu para a
catequese da audiência geral das quartas-feiras. O Santo Padre explicou que a
Igreja oferece o perdão de Deus a todos, inclusive aos que caíram no abismo.
Na audiência celebrada nesta manhã ante uma
multidão de peregrinos em uma ensolarada Praça de São Pedro, o Papa disse que a
Igreja como mãe "é uma imagem que eu gosto muito porque nos diz não
somente como é a Igreja, mas também qual rosto deveria ter sempre mais a
Igreja, esta nossa mãe Igreja".
Para explicar essa imagem, o Papa partiu do que uma
mãe faz por seus filhos. Em primeiro lugar "ensina a caminhar na vida, ensina a seguir bem na vida, sabe como orientar os
filhos, procura sempre indicar o caminho certo na vida para crescerem e
tornarem-se adultos. E o faz com ternura, com afeto, com amor, sempre também
quando procura endireitar o nosso caminho porque nos dispersamos um pouco na
vida ou tomamos caminhos que levam a um abismo".
"A Igreja faz a mesma coisa: orienta a nossa
vida, dá-nos os ensinamentos para caminhar bem. Pensemos nos dez Mandamentos:
indicam-nos um caminho a percorrer para amadurecer, para ter pontos firmes no
nosso modo de nos comportarmos. E são frutos da ternura, do amor próprio de
Deus que os doou a nós. Vocês poderiam me dizer: mas são mandamentos! São um
conjunto de "não"! Eu gostaria de convidar vocês a lê-los – talvez
vocês tenham se esquecido um pouco deles – e então pensá-los de modo positivo".
"Vejam que se referem ao nosso modo de nos
comportarmos com Deus, com nós mesmos e com os outros, propriamente aquilo que
nos ensina uma mãe para viver bem. Convidam-nos a não fazermos ídolos materiais
que depois nos tornam escravos, a recordar-nos de Deus, a ter respeito pelos
pais, a sermos honestos, a respeitar o outro…".
"Tentem vê-los assim e considerá-los como se
fossem as palavras, os ensinamentos que a mãe dá para seguir bem na vida. Uma
mãe não ensina nunca aquilo que é mal, quer somente o bem dos filhos, e assim
faz a Igreja".
Em segundo lugar, "quando um filho cresce,
torna-se adulto, toma o seu caminho, assume as suas responsabilidades, caminha
com as próprias pernas, faz aquilo que quer e, às vezes, acontece também de
sair do caminho, acontece qualquer acidente. A mãe sempre, em toda situação,
tem a paciência de continuar a acompanhar os filhos. Aquilo que a impulsiona é
a força do amor; uma mãe saber seguir com discrição, com ternura o caminho dos
filhos e mesmo quando erram encontra sempre o modo para compreender, para ser
próxima, para ajudar. Na minha terra dizemos que uma mãe sabe ‘dar a cara’ por
seus filhos, quer dizer, está disposta a defendê-los sempre".
"A Igreja é assim, uma mãe misericordiosa, que
entende, que procura sempre ajudar, encorajar também diante dos seus filhos que
erraram e que erram, não fecha nunca as portas da Casa; não julga, mas oferece
o perdão de Deus, oferece o seu amor que convida a retomar o caminho mesmo para
aqueles filhos que caíram em um abismo profundo, a Igreja não tem medo de
entrar na noite deles para dar esperança; a Igreja não tem medo de entrar na
nossa noite quando estamos na escuridão da alma e da consciência, para dar-nos
esperança! Porque a Igreja é mãe!"
Por último, "uma mãe sabe também pedir, bater
a toda porta pelos próprios filhos, sem calcular, o faz com amor. E penso em
como as mães sabem bater também e, sobretudo, na porta do coração de
Deus!".
"As mães rezam tanto pelos próprios filhos,
especialmente por aqueles mais frágeis, por aqueles que têm mais necessidade,
por aqueles que na vida tomaram caminhos perigosos ou errados...".
"E assim faz também a Igreja: coloca nas mãos
do Senhor, com a oração,
todas as situações dos seus filhos. Confiemos na força da oração da Mãe Igreja:
o Senhor não permanece insensível. Sabe sempre nos surpreender quando não
esperamos. A Mãe Igreja o sabe!".
"Estes eram os pensamentos que queria dizer
para vocês hoje: vejamos na Igreja uma boa mãe que nos indica o caminho a percorrer
na vida, que sabe ser sempre paciente, misericordiosa, compreensiva e que sabe
colocar-nos nas mãos de Deus".
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