terça-feira, 5 de junho de 2012

Não estão fora da Igreja": sacerdote comenta palavras do Papa aos divorciados



Tags: Milão, Parque de Bress, Encontro Mundial das Famílias


Dentre as mensagens mais significativas lançadas por Bento XVI no VII Encontro Mundial das Famílias – realizado em Milão, norte da Itália – encontra-se, indubitavelmente, o renovado apoio da Igreja às famílias marcadas pela experiência de falimento e separação.

Nesse sentido, o Papa convidou as dioceses a promoverem iniciativas de acolhimento e de proximidade.


Pe. Carlino Panzeri em sua avaliação disse que "mais do que surpreso, fiquei muito contente. Foi um momento muito bonito quando, respondendo a um casal do Brasil, disse para esses irmãos separados, ou melhor, divorciados e recasados, que o sofrimento deles é o sofrimento da Igreja. Sobretudo, a consciência de que estes fiéis católicos são Igreja, não são nem excluídos e nem readmitidos, e foi maravilhoso que o Papa tenha ressaltado isso."

 "Percebo que essas pessoas acompanham e ouvem com muita atenção, porque quem vive essa situação, vive uma dor e um sofrimento, mas, sobretudo, vive também uma grande consciência de ser Igreja. Recordo o que o Papa ressaltou, ou seja, que a dor é verdadeira, e reside no jejum eucarístico. Mas a dor se encontra, sobretudo, na solidão, suspeitando que, no entanto, podem ainda estar na Igreja, em particular, inclusive, nas comunidades cristãs. Foi muito bonito e intenso quando o Papa insistiu sobre a Igreja local entendendo a paróquia, os movimentos, os grupos e as dioceses: são pessoas que pedem para ser amadas e aceitas."
  "É significativo que o Papa tenha dito que não temos receitas prontas, mas que, em primeiro lugar, é importante a prevenção, ou seja, a preparação, o acompanhamento dos esposos nas várias fases da vida conjugal e familiar, em particular, durante os primeiros anos de casamento. Há o risco de que o matrimônio, o sacramento do matrimônio se torne, inclusive na Igreja, uma realidade eminentemente privada. Creio que os divorciados e recasados, até mesmo por experiência, não estejam pedindo favores à Igreja, muito menos um tratamento de favor. Simplesmente pedem à Igreja que os reconheça como sendo também eles Igreja."

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