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enviado pelo internauta Rodrigo Stankevicz
Uma
das características mais importantes concedida por Deus ao homem foi a sua
identidade. “Homem e mulher, Deus os criou” (Gn 1,27), afirma a Sagrada
Escritura. Deste modo, a antropologia cristã entende que o ser humano é
composto por dois gêneros distintos: masculino e feminino, segundo suas claras
diferenças anatômicas. Interessante que essas diferenças, devido à técnica
avançada da medicina, são notadas já no ventre materno por meio da
ultrassonografia morfológica, podendo, desde poucas semanas, constatar o sexo
do bebê para a alegria dos pais, os quais já dão sentido àquela realidade
definida pela natureza, presenteando com o que é próprio do gênero esperado.
Podemos ir além: “façamos o homem à nossa imagem e
semelhança” (Gn 1,26). Percebemos, nestas santas palavras, a alta dignidade à
qual Deus elevou o homem e a mulher. Somos mais que uma mera matéria que, um
dia, entrará em estado de decomposição; somos imagem e semelhança do Senhor. O
salmista afirma sobre o homem: “Pouco abaixo de um deus o fizestes, e o
coroaste de glória e esplendor.” (Sl 8,6). Não sei se você consegue perceber
tamanho esplendor e dignidade com o qual o homem é coroado pelo Criador; porém,
não poucas vezes, o próprio homem, instintivamente, reduz-se à sua sexualidade,
às suas ideologias, aos seus instintos, etc. Necessita de domínio de si e amor
pela verdade para não deixar esses elementos o rebaixarem.
Uma das características mais
importantes concedida por Deus ao homem foi a sua identidade. “Homem e mulher,
Deus os criou”
Infelizmente, nos últimos anos,
tem-se divulgado amplamente a Ideologia do Gênero. Os adeptos desta corrente
ideológica afirmam uma “construção” da sexualidade do homem a partir de suas
experiências sociais e culturais, ou seja, a grosso modo, podemos dizer que a
identidade biológica adquirida pela natureza não mais é tão relevante, visto
que o ser “homem” e o ser “mulher” já não tem seu papel determinante na
identidade do homem moderno.
Assim
sendo, em meio essa evolução caótica, o homem segue sua vida sem ao menos
conhecer-se. Permanece um desconhecido para si mesmo, pois não valoriza sua
dignidade, não assimila, conscientemente, a grandeza de seu papel na criação.
Parte deste caos se deve pelo fato de o homem não buscar conhecer Jesus como
relatou o Beato João Paulo II: “O homem que não conhece Jesus Cristo
permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável, um enigma
indecifrável”. (Redemptor hominis). Portanto,
o ser humano caminha às escuras, sem sentindo em sua vida, desconhecendo Jesus
Cristo, plenitude da revelação de Deus. Ao contrário daquele que reconheceu no
rosto de Cristo como seu mais alto ideal, este é cheio de sentido, sua vida é
configurada a dinâmica da revelação divina.
Enquanto o homem moderno persistir em
manter-se alheia às coisas de Deus, embora a “sede de verdade arda em seu
coração” (Bento XVI), continuará cada vez mais distanciando-se de sua essência
genuína, e do chamado a construir uma relação plena com seu Criador.
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