segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Consumismo:Quando somos vítimas dele?


A sociedade moderna percorre uma das fases mais difíceis de sua existência. O coração do homem esqueceu-se do valor da espiritualidade e se fixou nas coisas terrenas. O consumismo é uma das razões da deterioração dos valores cristãos na vida das pessoas. É considerado uma praga secular, porque é prejudicial ao ser humano e não permite a proximidade com Deus. É uma compulsão que leva o indivíduo a comprar bens ou serviços de forma ilimitada e sem necessidade.
O Papa Bento XVI disse: “Em si mesmo os bens materiais são bons. Não poderíamos sobreviver por muito tempo sem dinheiro, vestuário e uma casa. Para viver, temos necessidade de alimento, mas se formos ‘gulosos’, se recusarmos partilhar o que temos com o faminto e o pobre, então transformaremos estes bens numa falsa divindade”. Quando o dinheiro é utilizado para fins consumistas, torna-se um ídolo. Percebemos tal idolatria, por exemplo, quando alguém faz compras até exceder seu limite de créditos; quando deixa de usar objetos (ainda úteis ou intactos) em pouco tempo, quando o assunto predominante do dia a dia são as compras feitas, quanto tem dificuldade de sair de um shopping sem comprar algo e até quando se sente mal por não possuir algo que está na moda. Há necessidade para tais atitudes ou sentimentos?
Diante desse contexto, o consumismo é resultado de distúrbios emocionais e psicológicos, ou de motivações sócio-econômicas. É uma forma de compensar a solidão consequente do individualismo. É um ato contínuo da autoestima deteriorada e da necessidade de ser original. Pode ser também um modo de demonstrar aos outros, aparentemente, ótima condição financeira e status social.
“Quando o dinheiro é utilizado para fins consumistas, torna-se um ídolo” Thiago Thomaz
Sendo assim, a nova simbologia de felicidade que o capitalismo gerou está baseada na ideia de que o consumo desenfreado pode trazer o bem-estar e promover as relações sociais. Entretanto, na prática isso não é verdade. O Sumo Pontífice chama à atenção: “O valor autêntico da existência humana não se confina unicamente nos bens terrenos e nos bens passageiros, porque não são as realidades materiais que apagam a profunda sede de sentido e de felicidade existente no coração de cada pessoa”.
As riquezas materiais permanecem aqui após a nossa morte. Por isso não devemos nos apegar a elas. Afinal, “não será a outrem que deixarás o fruto de teus esforços e o de teus trabalhos, para ser repartido por sorte?” (Eclo 14,15).
Nesta vida devemos procurar por outros bens…os bens de Deus! É com os amigos que devemos nos preocupar; é a família que devemos amar; nos estudos e no emprego que devemos nos esforçar; é o amor que devemos partilhar; é a esmola ao pobre necessitado que devemos dar; é a necessidade de estar mais próximo de Deus que devemos sentir! Esses são os verdadeiros consumos em uma vida valorosa!
“Buscai antes o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Lc 12,31). Mude o enfoque de sua vida! Seja rico das coisas de Deus!
Fonte:CN
Por:Laudimila Pereira-Postulante

Nenhum comentário:

Postar um comentário