quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Em Giglio, igreja abre suas portas aos náufragos do cruzeiro Costa Concórdia


A divulgação de trechos da caixa-preta, nesta terça-feira, do navio Costa Concordia, revela que o controle portuário exigiu que o comandante e o primeiro assistente voltassem ao navio para informar quantas pessoas estavam a bordo. A intransigência do comandante, que praticamente abandonou o navio, custou até agora a vida de 11 pessoas. O número de desaparecidos está em vinte e nove.

O Consulado Geral do Brasil em Roma informa que, na tarde desta terça-feira, cinco brasileiros que faziam parte da tripulação receberam novos documentos para poder retornar para casa.

Na ilha de Giglio, continuam as buscas pelos desaparecidos. Hoje pela manhã, uma série de três explosões controladas no navio abriram espaços até então bloqueados. A operação deve facilitar o acesso das equipes de emergência.

No quarto dia após a tragédia, muitos moradores ainda comentam a vida na pequena ilha, cuja população de 1.500 habitantes viu a rotina mudar com a chegada de centenas de jornalistas e também de curiosos.

Mas quem lembra bem da noite é o Padre Vittorio Dossi, que abriu as portas da Igreja de São Pedro Apóstolo para abrigar os náufragos:

"A meia-noite recebi um telefonema. Dizia para que eu abrisse as portas da igreja e também de uma escola que havia apenas reformado para abrigar pessoas que estavam chegando de um navio que teria acabado de afundar. Então vi que começaram a chegar três ônibus lotados, cerca de 400 pessoas", conta Padre Dossi, que é pároco na ilha há 20 anos.


Rafael Belincanta, da Ilha de Giglio
Fonte:Shalom

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